Sérgio de Camargo
Por Redação
Escultor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, especialista em construções abstratas de alto poder de sugestão, envolvendo peças como cilindros, cones e esferas em madeira cortada, polida e pintada de branco, ou em mármore de Carrara. Estudou na Academia Altamira, de Buenos Aires, com Lucio Fontana e Emilio Petorutti e, já na Europa (1948), com escultores como Brancusi e Jean Arp.
Morando em Paris (1961-1974), assistiu aulas de Pierre Francastel como ouvinte na École Pratique des Hautes Études, e tornou-se amigo de Mira Schendel e Lygia Clark. Começou a fazer sucesso pela Europa e recebeu o Prêmio Internacional de Escultura na Bienal de Paris (1963), participou das Bienais de São Paulo (1965), onde recebe Prêmio de Melhor Escultor Nacional, sendo escolhido para representar o Brasil (1966), na XXIII Bienal de Veneza. Também foi destaque em Medellín (1970) e Carrara (1973) e voltou definitivamente ao Brasil (1974).
Nesta década trocou os cilindros de madeira pela construção de superfícies moduladas com paralelepípedos truncados, para serem vistas, como os muros, pelos dois lados. O maior desses muros, medindo 25 x 3,5 x 1m, foi montado em concreto no palácio Itamarati, em Brasília. Considerado o escultor mais importante no Brasil no século XX e mundialmente ao lado de Henry Moore os dois maiores, morreu no Rio de Janeiro, RJ.