Rei dos judeus ( ~ 970-931 a.C.) filho de Davi nascido em Israel, célebre por sua sabedoria. Ascendeu ao trono graças a manobras de sua mãe, Betsabéia, que fora esposa de um general de Davi, o hitita Urias. Ao assumiu o poder, executou um a um seus oponentes, entre eles o irmão Adonias e o general Joab, que haviam conspirado contra Davi. Governou como déspota depois da morte de Davi, construiu fortalezas e equipou seu exército, levando Israel ao máximo poderio militar e comercial.
Durante seu reinado, protegeu as artes e o comércio, estabelecendo boas relações e alianças com os países vizinhos como Fenícia, Síria e Arábia. Com o rei de Tiro, Hiram, criou uma frota mercante cujas expedições chegaram aos limites do mundo conhecido. Projetou grandiosas construções como o majestoso templo de Jerusalém, chamado depois de templo de Salomão, que se tornou o centro da unidade nacional dos hebreus e do cristianismo primitivo. Construiu também importantes obras hidráulicas, principalmente reservatórios e aquedutos para abastecimento e irrigação, como por exemplo, o aqueduto de Siloé, no vale de Cedron.
Compôs obras poéticas e escreveu o Cântico dos cânticos, além dos livros bíblicos Eclesiastes e Provérbios e o salmo 72, embora haja controvérsias históricas sobre estas autorias. Segundo os livros bíblicos, principalmente em I Reis e II Crônicas, ganhou notoriedade como juiz como na sentença dada no caso de duas mulheres que reclamavam a posse de uma criança como filho. Também ficou famoso por suas tramas matrimoniais, chegando a ter um harém com 700 esposas e 300 concubinas. Após sua morte, seu reino foi dividido em Israel e Judá.