Costureira negra e ativista estadunidense nascida em Tuskegee, Alabama, a negra que se recusou a ceder seu assento em um ônibus a um homem branco em Montgomery, no Alabama, o que provocou uma revolução nas relações raciais americanas. Filha de James e Loeona McCauley, cresceu no meio rural e aos onze anos mudou-se para casa de uma tia, em Montgomery, no Alabama, para completar sua educação e tentar melhorar seu padrão de vida e tornou-se uma costureira. |
Em meados do século XX tornou-se membro ativa do American Civil Rights Movement e trabalhou como secretária da National Association for the Advancement of Colored People, a NAACP, em Montgomery, Alabama. Freqüentou a Highlander Folk School, um centro educacional de formação de direitos sobre igualdade racial. No dia 1º de dezembro (1955), quando tinha quarenta e dois anos, estava sentada em um ônibus superlotado para voltar para casa quando o motorista ordenou aos negros que se levantassem para que os brancos pudessem sentar-se. Ela, mais por cansaço que por espírito revolucionário, negou-se a ceder seu lugar e foi imediatamente presa e levada para o Palácio da Justiça, como previa a lei de segregação.
Libertada sob fiança, por intervenção do advogado Fred Gray, líder histórico do movimento pelos direitos cívicos, a partir desse episódio o Conselho Político Feminino teve a idéia de realizar um boicote aos ônibus que, previsto inicialmente para um dia, durou mais de um ano, exatos trezentos e oitenta e dois dias! A partir de então um desconhecido tomou espaço e apareceu: Martin Luther King Jr., e alcançou projeção nacional com a liderança do boicote, tornando-se o maior líder pelos direitos civis dos negros por todo país. Finalmente no 20 de dezembro (1956), depois de várias audiências, chegou a Montgomery a ordem da Suprema Corte, declarando ilegal a segregação nos ônibus.
Era o fim do boicote que durara mais de um ano, e uma grande vitória para o movimento pela igualdade racial dos norte-americanos liderado por Luther King Jr. A primeira batalha pelos direitos civis havia sido vencida, mas ela havia perdido o emprego de costureira por causa do incidente. Foi morar em Detroit (1957) e continuou como ativista dos direitos civis e anos mais tarde juntou-se à equipe do deputado John Conyers Jr. (1967) do Michigan. Viúva (1977) de Raymond Parks e sofrendo de demência progressiva, o ícone da luta pelos direitos civis nos USA morreu aos 92 anos, em sua casa, em Detroit.
Além da medalha Spingarn (1970) da National Association for the Advancement of Colored People ou Associação Nacional de Avanço do Povo Negro – NAACP, por sua contribuição à luta pelos direitos civis nos EUA, também recebeu entre outras honrarias o Grau Honorary da Faculdade de Shaw e o Prêmio da Paz Martin Luther e as medalhas Presidencial da Liberdade (1996) e a de Ouro do Congresso Norte Americano (1999). Em Montgomery foi fundado o Rosa Parks Library and Museum (2001), onde é lembrada a briga desta mulher, costureira de profissão, com o ônibus de assentos reservados para brancos na parte central.