Ronald David Laing
Por Mariana Sousa
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Ronald David Laing foi um psiquiatra britânico que apresentou importantes pesquisas para o tratamento de transtornos mentais. Com abordagens inovadoras, atuou no combate à psicose e revolucionou a área da psiquiatria. Ele estava interessado em avançar na compreensão da lógica dos efeitos irracionais que causam sintomas em função do transtorno mental.
Laing analisou as disfunções mentais graves que surgiam em função dos questionamentos existencialistas. Era uma forma de confrontar com os psiquiatras ortodoxos. Ele gostava e observar a história de vida dos pacientes e achava que as experiências vividas representavam elementos que explicavam alguns dos sintomas. Em determinado momento, Laing acabou sendo criticado por como um pesquisador que era contrário à psiquiatria.
Como obras importantes, O Eu Dividido (The Divided Self, 1960), que trata de aspectos subjetivos da psicologia humana especialmente para aqueles que sofriam de esquizofrenia.
É uma linha organicista que enxerga a doença mental como um problema orgânico originado na região cerebral. Laing atuou no Tavistock Institute of Human Relations, em Londres. A primeira publicação lançada foi The Divided Self: An Existential Study in Sanity and Madness (O Eu dividido) em 1960. Diversos conceitos fenomenológico-existenciais na área da esquizofrenia são decifrados nesta obra.
Em 1965 a Philadelphia Association foi criada em Londres, um espaço psiquiátrico em Kingsley Hall, para a convivência de terapeutas e pacientes. David Cooper, que trabalhou com Laing, sugeriu que o termo “antipsiquiatria” era importante para distinguir o psiquiatra tradicional daqueles que entendiam a psiquiatria como uma espécie de “medicina da alma”.