Roberto Burle Marx
Por Redação
Famoso paisagista brasileiro nascido em São Paulo, SP, que se tornou conhecido por dar às criações uma orientação ecológica. Ainda criança, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, RJ, onde estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes. Iniciou a carreira de paisagista (1933) trabalhando para projetos de Lúcio Costa e logo depois foi para o Recife como diretor de parques (1934-1938), onde em seus projetos procurou aproveitar espécies tropicais, como a vitória-régia, e a flora típica da caatinga.
Sua primeira obra relevante foi o jardim do prédio do Ministério da Educação e Saúde (1938), atual palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura moderna no país. A sua obra, desde então, esteve na maioria das vezes conjugada à de Oscar Niemeyer e de outros arquitetos.
Outras obras de importância foram os jardins do conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, e do parque de Araxá, MG (década de 1940), os jardins da praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, do parque do Ibirapuera, em São Paulo, do aeroporto de Guararapes, em Recife, e do eixo monumental de Brasília (década de 1950), os parques del Este e del Oeste, em Caracas, Venezuela, o parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, e os jardins da sede da UNESCO, em Paris (década de 1960).
Além da pintura também criou desenhos para tapeçarias e jóias, bem como murais em concreto, mosaico, azulejos e granito. Mudou-se (1973) do bairro das Laranjeiras, bairro no centro da cidade do Rio de Janeiro, para uma propriedade suburbana adquirida (1949) do seu irmão Siegfried, na época denominada de Sítio Santo Antônio da Bica e desde então começara a trazer para este local sua coleção de plantas, iniciada quando ele tinha 6 anos de idade.
Doou o Sítio ao Governo Brasileiro (1985), mas lá permaneceu até sua morte em 4 de junho (1994). Com a doação, pretendia garantir seu desejo de manter a integridade da propriedade como um todo, bem como criar uma escola dedicada ao paisagismo, botânica e artes em geral.