Escultor francês nascido em Paris, criador de algumas das obras mais famosas da escultura universal. Nascido numa família de poucos meios, estudou desenho e modelagem a partir dos 13 anos, porém foi reprovado três vezes (1958) no exame de admissão à Escola de Belas-Artes, e passou, então, a trabalhar como moldador, confeccionando objetos ornamentais. Juntou-se a Rose Beuret (1864), modelo dos primeiros retratos escultóricos e de quem jamais se separaria.
Trabalhou com Albert-Ernest Carrier-Belleuse na decoração de monumentos em Bruxelas e, em passagem por Roma e Florença, apaixonou-se pelas esculturas de Donatello e Michelangelo. Após ter recusada sua primeira obra enviada a um salão oficial, O homem de nariz quebrado (1864), tornou-se avesso às exposições. A despeito do começo difícil, firmou-se como escultor com uma obra posterior, São João Batista pregando (1878).
Depois vieram obras famosas como O pensador (1880), O beijo (1886), O filho pródigo (1889), Os cidadãos de Calais (1884-1886). Envolvido freqüentemente em problemas amorosos, teve como escandaloso o romance iniciado (1885) com a aluna Camille Claudel, o qual terminou tragicamente. Também esculpiu muitos bustos por encomenda como os de Victor Hugo (1886-1909), Octave Mirbeau (1889), Puvis de Chavannes (1891) e Clemenceau (1911). Nos seus últimos anos de vida (1908-1917) o escultor se instalou no Hôtel Biron, palacete parisiense do século XVIII, transformado depois de sua morte, em Meudon, no Museu Rodin.
Retratista emérito, dominou o bronze e o mármore, foi acusado de formalismo pelo rigor anatômico de suas peças, pois era tal a perfeição das suas figuras que houve quem o acusasse de usar modelos vivos como molde, mas se tornou admirado pela elite européia e considerado uma glória da França.