Papus de Alexandria
Por Mariana Sousa
, atualizado em
Papus de Alexandria nasceu na Grécia e consagrou-se como um dos últimos geômetras daquele povo. Pesquisou e elaborou teses sobre como funcionava a ciência na antiga civilização da Grécia. Ficou conhecido pela obra Synagoge (320 d. C.) ou por uma importante obra chamada Coleção Matemática, um extenso estudo grego com oito livros. O primeiro e o último acabaram se perdendo, mas foram encontrados relatos e outras comprovações de que havia, nessa obra, complementações para as teses de Arquimedes, Euclides, Apolônio e Ptolomeu. Também tratou temas como superfícies de revolução, sólidos, planos, e lineares.
Papus de Alexandria acabou descobrindo várias teses que antecedem os estudos da Geometria Projetiva.
Foi ele quem pesquisou o Problema de Dido ou Isoperimétrico e, de forma curiosa, conseguiu comprovar que de diferentes maneiras as abelhas se organizavam para produzir os seus deliciosos favos.
Entretanto, as tais abelhas preferem adotar a forma que mais economize cera.
Essas constatações de Papus de Alexandria foram importantes para que a geometria analítica de Descartes, quase treze séculos depois, também pudesse apresentar novidades.
Em parceria com Diofanto, Alexandria representou bem a matemática da Grécia no período conhecido como Idade de Prata da Universidade de Alexandria (250-350). O grego ainda gostava de pesquisar sobre música e hidrostática e morreu na própria Grécia.