Maria José de Macedo, a Zezé Macedo
Por Redação
Atriz brasileira, nascida em Nossa Senhora da Lapa de Capivari, hoje município fluminense de Silva Jardim, Estado do Rio, importante nome da comédia brasileira no teatro, rádio, cinema e televisão e considerada a primeira dama da chanchada brasileira. Iniciou nos palcos aos 4 anos, fazendo seu debut no palco, com o papel principal na peça infantil As Pastorinhas, mas desistiu de ser atriz aos 15, quando se casou com o mecânico Alcides Manhães, mas retomou a carreira quando seu único filho morreu, com 1 ano de idade. Íntima dos palcos amadores desde a infância, firmou seu tipo cômico inicialmente no rádio, no programa Lar doce lar, da Rádio Tamoyo, no Rio de Janeiro e estreou como profissional no teatro de revistas da Companhia de Walter Pinto. Redigiu e leu no rádio (1944) crônicas sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. Estreou no cinema com chanchadas como O petróleo é nosso (1954) e O Feijão é Nosso (1955). Com este gênero caindo no gosto popular, depois vieram muitos outros longas como Carnaval em Marte (1955) e Sinfonia carioca (1955), de Watson Macedo, e De vento em popa (1957) e O homem do sputnik (1959), de Carlos Manga. Pequena, franzina, de olhos grandes e expressão debochada, consagrou-se com personagens como a empregada ignorante, a caipira falastrona e a mulher rejeitada pela carência de atributos físicos. Contabilizou 108 filmes no currículo, como As Cariocas (1966), Macunaíma (1969), Robin Hood, O Trapalhão da Floresta (1974), Secas e Molhadas (1977), A Virgem Camuflada (1979), O Rei do Rio (1985) e O Casamento dos Trapalhões (1988), além de muitas participações em novelas como A Moreninha (1965) e Cambalacho (1986), e programas humorísticos de televisão desde os anos 60, com destaque para o Chico City (1973), Chico Anysio show (1982), a Escolinha do professor Raimundo (1990) e Estados Anysios de Chico City (1991), além de ter escrito e publicado quatro livros de poemas. Casou-se duas vezes, a segunda delas com Victor Zambito, cantor da Companhia Gomes Leal, onde também atuava. Ficaram 38 anos casados e não tiveram filhos e morreu aos 83 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, vítima de hemorragia cerebral, sendo seu corpo cremado no cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, e as cinzas jogadas no jardim do prédio onde morava.
(1916 – 1999)