Magistrado e político do período imperial brasileiro nascido na fazenda Itapororocas, em Inhabupe, Estado da Bahia, cujo prestígio como senador chegou ao auge quando ele adquiriu (1868) o Diário da Bahia, um baluarte na luta contra o predomínio conservador na política, jornal no qual seu filho e Rui Barbosa estrearam no debate de idéias. Diplomou-se pela Faculdade de Direito de Olinda e logo se iniciou na magistratura e na política, sempre no Partido Liberal. Foi deputado provincial, deputado geral e presidente das províncias de Alagoas e da Bahia.
Foi ministro da Agricultura e no gabinete presidido por José Antônio Saraiva foi sucessivamente Ministro da Justiça e do Império. Após a morte de Zacarias de Góis e Vasconcelos, assumiu sua vaga no senado do império e passou a dividir com Saraiva a chefia do Partido Liberal em sua província. Seu grande momento político foi o de sua ascensão à presidência do conselho de ministros (1884), quando patrocinou a Lei dos Sexagenários, marco importante na campanha abolicionista, porém o projeto foi rejeitado na câmara e o gabinete teve que se demitir (1885), quando ele tentou uma nova composição.
A lei seria sancionada por um terceiro gabinete, conservador, sob a presidência do barão de Cotejipe, em 28 de setembro do mesmo ano, dia em que se comemorava o quarto aniversário da Lei do Ventre Livre. Na república foi presidente do Banco do Brasil e manteve o cargo quando de sua transformação em Banco da República (1892). Foi pai de Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, político e jornalista, fundador do Jornal do Brasil, e avô de Luís Martins de Sousa Dantas, embaixador em Paris (1920-1942) e morreu na cidade do Rio de Janeiro.