Manuel Francisco Isaac Albéniz
Por Redação
Compositor nacionalista espanhol nascido em Camprodón, província de Gerona, um dos mais originais representantes do nacionalismo musical de seu país em fins do século XIX. Com apenas quatro anos deu seu primeiro recital de piano em Barcelona, e a partir dos dez realizou numerosas turnês de concertos, tanto na Espanha como pela Europa e América Latina. Ao mesmo tempo, continuou aperfeiçoando sua formação musical, fundamentalmente em Barcelona e nos conservatórios de Leipzig e Bruxelas; neste último obteve o primeiro prêmio de piano. Depois de seu casamento (1883), entrou em contato com o maestro Felipe Pedrell, pioneiro da música nacionalista espanhola, que despertou nele o interesse pela composição.
Em busca de novos conhecimentos musicais mudou-se (1893) para Paris, onde em contato com um grupo de músicos que estudavam profundas propostas de renovação estética, entre os quais se destacavam Claude Debussy e Gabriel Fauré suas, extraiu sua técnica de composição, mantendo um estreito vínculo com a sensibilidade musical e o folclore de seu país. O resultado foi uma extensa e original produção musical composta de mais de 200 peças de diversos gêneros musicais: zarzuelas e dramas líricos, entre os quais se destaca Pepita Jiménez (1896); suítes orquestrais, como Cataluña; obras camerísticas e canções.
Seus melhores trabalhos, no entanto, foram as peças para piano, como Suite española e Rapsodia española, nas quais o espírito da música hispânica tradicional aparece refletido com magistral síntese. Sua principal obra nesse sentido seriam as 12 composições pianísticas da Suite Iberia (1906-1909), que, a par de sua enorme complexidade técnica, representou uma radical inovação dentro da música nacionalista espanhola. Morreu ralativamente jovem, em plena maturidade criativa, em Cambo-les-Bains, França.