Manuel Dias de Abreu
Por Redação
Médico brasileiro, nascido em São Paulo e falecido no Rio de Janeiro, criador da abreugrafia (1936), método de fixação fotográfica da imagem radioscópica. Doutor com a tese Influência do clima na civilização pela Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro (1914), a seguir foi estudar radiologia em Paris, onde se dedicou a melhorar os recursos semióticos da tisiologia, tendo em vista sua preocupação com o diagnóstico tardio da tuberculose.
Passou a dirigir os estudos de radiologia da Santa Casa de Paris (1916) e ali iniciou o desenvolvimento de suas descobertas, como a tomografia simultânea, princípios de radiogeometria e, a principal delas, o écran fluoroscópico, a abreugrafia, método criado para fixar por meio de máquina fotográfica especial (35 mm) a imagem observada pela radioscopia, de baixo custo e rapidez que possibilitou uma redução apreciável do número de casos fatais de tuberculose e outras doenças do tórax em sua fase inicial.
Voltou ao Brasil (1922), continuou suas investigações sobre radiodiagnóstico, radiogeometria e radioscopia. Inicialmente denominado de roentgenfotografia por se tratar da combinação de fotografia e raios X , os raios Roentgen, o nome abreugrafia só foi definido no I Congresso Brasileiro de Tuberculose (1939).
Inicialmente utilizada no diagnóstico da tuberculose pulmonar, seu uso também se generalizou para a pesquisa de lesões cardíacas, tumores, micoses, câncer, etc. Foi membro da Academia Nacional de Medicina e do Instituto Brasileiro de Ciências e faleceu no dia trinta de janeiro, Rio de Janeiro, 26 dias depois de completar 68 anos.