Manuel de Godoy y Alvarez
Por Redação
Líder da Espanha no final do século XVIII nascido em Castuera, Espanha, que como ministro e conselheiro de Carlos IV, que com sua desastrosa política exterior provocou a queda do rei e a ocupação do país pelas tropas napoleônicas. Descendente de uma tradicional mas empobrecida família espanhola da Extremadura, era filho de um coronel do exército, foi para Madrid (1784) e entrou para a guarda real. Apresentado no ano seguinte aos futuros reis de Espanha, os príncipes das Astúrias, ganhou a amizade de ambos. Com fama de sedutor e calculista, tornou-se amante da mulher do herdeiro do trono, Maria Luísa de Parma, e iniciou uma carreira em que os amores e a vocação diplomática o levaram a altos cargos.
Com a subida dos príncipes ao trono (1788), sua carreira progrediu rapidamente. Foi promovido a coronel de cavalaria (1789), e marechal-de-campo (1791), sendo já comendador da ordem de Santiago. Nesse mesmo ano tornou-se gentil-homem da Câmara, foi promovido a tenente-general e recebeu o título de Duque de Alcudia. Aos 25 anos (1792) foi nomeado primeiro-ministro.
No cargo tentou inutilmente salvar o rei Luís XVI da guilhotina. Assinou a paz de Basiléia, com os republicanos franceses, o que lhe valeu o título de Príncipe da Paz, antes reservado aos membros da casa real. Por meio do Tratado de Santo Ildefonso (1796), aliou-se à França e declarou a guerra contra o Reino Unido. A resposta britânica não se faz esperar e a frota espanhola foi destruída na batalha do Cabo de São Vicente (1797).
Por não ter apoiado a tão esperada invasão franco-espanhola a Portugal, D. João concedeu-lhe o título de Conde de Évora-Monte (1797), mas foi obrigado por Napoleão a aceitar a divisão de Portugal e a entrada dos franceses na Espanha, além de demitir-se de todos os cargos (1798).
Regressou (1801) com o apoio de Napoleão Bonaparte, com quem assinou o 2.º Tratado de Santo Ildefonso, mas um série de insucessos militares e perdas de territórios minaram-lhe o prestígio e durante a revolta contra Carlos IV, foi preso (1808) e condenado ao confinamento por quarenta anos. Reabilitado (1849) por Isabel II, filha de Fernando VII, foram-lhe restituídos os títulos e algumas propriedades, morreu em Paris. Em sua vida de don Juan, conta-se que se casou (1797) com Maria Teresa de Borbon y Vallariga (1780-1828), Condessa de Chichón, com quem teve uma filha, Carlota, e viúvo, casou pela segunda vez com a sua amante desde ainda solteiro (1796), Pepita Tudó (1779-1869), feita Condessa de Castillofiel.