Manoel Joaquim de Macedo
Por Redação
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Joaquim Manuel de Macedo foi mais conhecido como importante escritor brasileiro, mas também atuou como médico, jornalista e professor. Nasceu em Itaboraí, no ano de 1820. Já em 1844, estava formado como médico no Rio de Janeiro e nesse mesmo intervalo começou a atuar no espaço literário. A sua obra mais conhecida foi o livro A Moreninha, que lhe consagrou com fortuna e fama meteóricas.
Atuou como jornalista, mas também era professor no tradicional Colégio Pedro II. Por atuar na área de História e Geografia, acabou fundando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1845.
Quatro anos depois, junto com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo, inauguraram a revista Guanabara, com seus poemas e aprovação da crítica do Romantismo. Também esteve representado no Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte.
A medicina acabou sendo deixada de lado por Joaquim Manuel de Macedo. Amigo da família imperial, também foi orientador dos filhos da Princesa Isabel.
Tinha vários amigos na Corte e acabou se aproximando de celebridades europeias.
Obra e carreira política
Joaquim Manuel de Macedo participou da cena política e foi filiado ao Partido Liberal, com toda a lealdade aos princípios de tal partido em uma época tão nascedouro para a política que conhecemos atualmente. Foi eleito deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881).
A obra literária de Macedo é imensa e sempre teve muita aclamação da crítica. Alguns o acusavam de ser muito adepto ao sentimentalismo, outros o consideravam popular, mas o público sempre o apreciou. Há críticos que o enxergam como excelente cronista, sempre à frente do seu tempo nas análises que fazia sobre o Rio de Janeiro naquele período imperial.
Joaquim Manuel de Macedo também é aclamado, por ter sido um dos desbravadores do romance no Brasil. Ele também incentivou a popularização do teatro no solo brasileiro. Em termos de publicações, A Moreninha acabou sendo colocada como a primeira publicação da Literatura Brasileira que chamou verdadeiramente a atenção do público. Acabou sendo vista como um marco do Romantismo no Brasil.
A obra foi lançada em 1844, tendo competido apenas com o romance O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa. Depois de A Moreninha, o currículo literário de Joaquim Manuel de Macedo se expandiu para mais dezessete romances, além de dezesseis peças de teatro e uma publicação no formato de contos.
Os últimos anos do escritor foram marcados pelo surgimento de transtornos mentais e ele acabou falecendo jovem, aos 62 anos.