Filósofo austríaco nascido em Marienberg, Hesse-Nassau, Germânia, então no império austro-húngaro, criador da psicologia da ação ou intencionalismo. Era sobrinho do poeta Clemens Brentano e foi ordenado (1864) e tornou-se livre docente, Privatdozent, em filosofia (1866).
Nomeado professor da Universidade de Würzburg (1872) decidiu abandonar o sacerdócio (1873) por não aceitar a proclamação do dógma da infalibilidade papal (1870). Publicou um livro que o tornaria famoso e influente: Psychologie vom empirischen Standpunkte (1874), traduzido como A Psicologia de um ponto de vista empírico, no qual tenta apresentar uma psicologia sistemática que seria a ciência da alma e expôs pela primeira vez seu conceito de intencionalidade.
Impedido de se casar (1880) foi forçado a deixar seu posto de professor na universidade e mudar-se com a esposa para Leipzig. No ano seguinte teve permissão para voltar à universidade, porém somente para a antiga posição de Privatdozent, com um salário menor e proporcional a quantidade de alunos matriculados em sua disciplina.
Muito querido pelos estudantes, entre os quais estavam o grande Sigmund Freud, o psicólogo Carl Stumpf e o filósofo Edmund Husserl, renunciou ao cargo de professor da Universidade de Viena (1895), para se dedicar inteiramente à pesquisa que resultou na publicação de Von der Klassifikation der psychischen Phänomene (1911), onde completou suas teorias. Morreu em Zurique, deixando uma obra que foi básica para que seu discípulo Edmund Husserl fundasse o método fenomenológico.