Professor, médico, frade franciscano e escritor francês nascido em La Devinière, próximo à Chinon, autor consagrado por suas obras satíricas como Gargântua e Pantagruel, uma das obras-primas da Literatura Universal, escrita durante três anos (1532-1534) e composta de 5 volumes, uma sátira à condição humana e aos costumes da sociedade, particularmente a cavalaria, a Igreja e as convenções sociais.
Muito inteligente e bastante eclético, seus conhecimentos científicos na sua época sobre a vida e a sociedade contemporâneas não encontrava rival. Tinha sólidos conhecimentos sobre Direito, Teologia, Ciências Naturais, Política, Arte Militar e Navegação. Fazia parte da Ordem dos Beneditinos de Maillezais e também foi pároco de Meudon.
Depois foi frade franciscano em Fonteny-le-Comte, médico do hospital Pont-du-Rhône em Lyon e professor de anatomia na universidade de Montpellier. Ministrou cursos sobre Hipócrates e técnicas de dissecação de cadáver, dinamizando os estudos biológicos. Após renunciar o núncio apostólico, viajou por várias aldeias do interior da França e os hábitos desses lugarejos acabaram influenciando seu modo de redigir.
A partir de então, seus manuscritos passaram a contar com um tom mais realista, burlesco. Seu domínio da língua, apoiado por um vocabulário enciclopédico e por um repertório retórico virtuoso, estendia-se por mais de uma dúzia de idiomas da época, além do gaulês e seus dialetos, fato este inigualável na literatura francesa. Morreu em Paris.