François VI, prince de Marcillac e duc de La Rochefoucauld
Por Redação
Limitado escritor de aforismos e moralista francês nascido em Paris, conhecido nos meios literários pelas publicações de suas máximas, autor do famoso livro Réflexions ou sentences et Maximes morales (1665), obra cujo pessimismo de modifica gradualmente nas seguidas reedições.
Descendente da família de Angoumois, fundada no século XI por Foucauld, casou-se (1628) com Andrée de Vivonne e juntos tiveram oito filhos. Jovem entrou para exército e serviu em vários lugares como Holanda (1635-1636), Rocroi (1643) e Gravelines (1644). Gravemente ferido em batalha de Mardick Supporting (1646) defendendo a causa de Marie de Medici contra o cadeal Richelieu (1585-1642).
Aprisonado por Richelieu por conspirar contra a corte, foi forçado a exilar-se (1639-1642). Perdoado voltou a obter favores reais (1648-1652) e participou do movimento militar contra o cardeal Mazarin (1602-1661), no reinado de Louis XIV. Novamente ferido, agora na battle de Saint-Antoine, onde quase perdeu a visão (1652), foi obrigado a deixar o exército em consequência de ferimentos recebidos em combate. Com a permissão de voltar a França, retirou-se da vida pública, estabeleceu-se em Verteuil e resolveu dedicar-se a literatura.
Depois (1656) foi-lhe permitido residir em Paris, onde se integrou a um importante ciclo intelectual com nomes como as Mmes. de Sablé, de Sévigné e de Lafayatte. Ainda se envolveu na campanha de Louis XIV contra a Alemanha (1667-1668). Viúvo (1670) e sofrendo de gota, morreu em Paris, mesma cidade onde nascera, aos 67 anos. Outras obras conhecidas foram Apologie de m. Le prince de Marcillac (1949), Mémoires (1652), Portrait (1659) e Maximes (1664), Euvres completes (1868-83), La justification de l’amour (1971) e Oeuvres complètes (1957)