Francis Drake
Por Redação
Corsário e traficante de escravos inglês nascido em Devonshire, terror das colônias espanholas e um dos primeiros navegantes a dar a volta ao mundo. Desde criança vivendo como grumete num pequeno barco, optou pela vida de corsário por vingança, após os 25 anos. Trabalhando no tráfico de escravos, quando a frota que trabalhava atravessava o Atlântico, foi atacada e dizimada pelos espanhóis, que proibiam o comércio a todo navegante estrangeiro, e ele se salvou milagrosamente. Suas carreira iniciou-se com o beneplácito da rainha Elizabeth I da Inglaterra, quando com dois pequenos navios, atacou e saqueou Nombre de Dios, Panamá, e Cartagena de Índias, na futura Colômbia, apoderando-se de grandes riquezas (1572). |
Empreendeu sua viagem mais famosa (1577) quando, no comando de cinco navios, zarpou rumo ao rio da Prata, de onde passou ao estreito de Magalhães e atingiu as costas americanas do Pacífico, adquirindo valiosíssimos butins. Alcançou a Califórnia, que chamou de Nova Albion, e dali retornou à Inglaterra (1580), completando a circunavegação do globo. Apesar dos protestos espanhóis, foi sagrado cavaleiro por Elizabeth I. Com o comando de uma frota de 25 navios (1585), recebeu a missão de saquear as possessões da Espanha nas Índias Ocidentais. Cidades como Cartagena de Índias e São Domingos (Santo Domingo) sofreram o ataque do corsário inglês, que obteve um butim tão considerável de ouro e prata que as finanças espanholas se viram ameaçadas.
Em nova incursão aos portos espanhóis (1587), incendiou a maior parte dos navios que se encontravam na baía de Cádiz. Quando Filipe II enviou a Invencível Armada contra a Inglaterra (1588), como vice-almirante, foi um dos responsáveis pela destruição da frota espanhola. Na condição de herói da marinha britânica, depois de um ataque frustrado a La Coruña e Lisboa (1589), empreendeu sua última viagem de saque às Índias Ocidentais, mas a tripulação foi dizimada por uma febre, inclusive ele próprio, e o seu corpo foi sepultado nas águas no mar, na altura das hoje costas panamenhas, a altura de Puerto Bello, posteriormente Portobelo, Panamá.