Filósofo pré-socrático e atemático grego, autor e professor da cidade de Tarento, nascido em Crotona, cidade da Magna Grécia, colônia grega na hoje Jônia italiana, o principal centro de estudo e divulgação do pensamento pitagórico, hoje na Itália, um dos primeiros pitagóricos, discípulo de Lísis e o primeiro a sistematizar a doutrina pitagórica, expondo-a no livro chamado Escritos Pitagóricos, segundo o historiador Diógenes Laércio (~ 240-310). Discípulo de sobreviventes da escola pitagórica, após o massacre destes pelos seguidores de Sibaris. Muito pobre, escreveu sob permissão dos seus professores, para vender, a primeira obra do pitagorismo, o que aparentemente foi a fonte do conhecimento da ordem pitagórica que, através de Platão (comprador do livro), temos conhecimento.
Os fragmentos do livro Escritos Pitagóricos, que chegaram até nossos dias como citação ou comentário, doxografia, na obra de outros autores, constituem o mais antigo testemunho sobre os ensinamentos pitagóricos. Segundo sua filosofia o número, e por conseguinte a harmonia, é o que permite conhecer tudo que há de limitado na natureza, é o que possui realidade mais verdadeira, isenta de engano ou falsidade. Foi professor em Tarento do também famoso matemático grego, Arquitas de Tarento (428-365 a. C.) e de Demócrito de Abdera (460-370 a. C.) . Outro seu livro conhecido foi Astronomia (430 a. C.) e muito provavelmente morreu também em sua terra natal.