Monge franciscano agostiniano português nascido em Lisboa, e que tem sido, ao longo dos séculos, objeto de grande devoção popular, principalmente nos países latinos, especialmente em Portugal e no nordeste do Brasil. Descendente de uma rica família portuguesa, aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Trocou o nome para Antônio (1220) e ingressou na Ordem Franciscana, e foi pregar para os sarracenos, no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio São Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália.
Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. O papa Pio XII o declarou doutor da igreja (1946). A saúde precária levou-o a se recolher ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados (1895-1913). Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias. Após uma crise de hidropisia, morreu a caminho de Pádua em 13 de junho (1231). Foi canonizado em 13 de maio (1232), apenas 11 meses depois de sua morte, pelo papa Gregório IX. Conhecido como padroeiro dos pobres e o santo casamenteiro, é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída uma basílica a ele dedicada.