Félix Rubén García Sarmiento
Por Redação
Diplomata, escritor e poeta nicaragüense nascido em Metapa, mais tarde Ciudad Darío, Nicarágua, considerado o criador do modernismo literário em língua espanhola. Descendente de uma família tradicional, recebeu sólida formação religiosa e, ainda muito jovem, começou a trabalhar na Biblioteca Nacional. Logo abraçou a literatura e conseguiu muito prestígio graças a livros em que revelava a influência dos clássicos espanhóis. Mudou-se para o Chile (1886), onde publicou Azul (1888), uma coletânea de textos poéticos em prosa e verso, influenciada pelo parnasianismo francês, marco do nascimento de uma nova poesia e sua primeira grande obra. Depois de anos agitados, durante os quais casou-se duas vezes e fez sua primeira viagem à Europa.
Nomeado cônsul da Colômbia em Buenos Aires (1893) iniciou sua atividade diplomática. Tornou-se correspondente do jornal argentino La Nación, e mudou-se para a Madri (1898). Depois fixou residência em Paris (1899) e continuou viajando com freqüência e voltou como diplomata para a Espanha (1908). Doente e com graves dificuldades financeiras, iniciou uma viagem pelos Estados Unidos (1914), onde fez uma série de conferências e, com a debilidade crescente da saúde, decidiu voltar para sua terra natal e morreu em León, Nicarágua. Paralelamente ao trabalho poético, escreveu contos, artigos jornalísticos e críticas literárias. Entre seus grandes momentos ditam-se as obras Epístolas y poemas (1885), Prosas profanas y otros poemas (1896), Cantos de vida y esperanza (1905), El canto errante (1907), Poema del otoño y otros poemas (1908) e El viaje a Nicaragua (1909).