Felipe II da Macedônia
Por Redação
Rei macedônico (359-336), que iniciou a conquista da Grécia (347 a. C.) financiado pelas minas de ouro da região de Pangeu, que com a submissão (356 a. C.) definitiva transformou a Macedônia na maior potência da antiga Grécia e firmou as bases da expansão Helênica, realizada por seu filho Alexandre III, o Alexandre Magno. Filho de Amintas III, na infância assistiu à desintegração do reino macedônico, enquanto seus irmãos mais velhos Alexandre II e Perdicas III lutavam contra a insubordinação da aristocracia local, o ataque de Tebas e a invasão dos Ilírios. Sucedeu a Perdicas III no trono macedônico (359 a.C.) e, depois de restabelecer e até ampliar as fronteiras do país, consolidou-as mediante o estabelecimento de colônias e apoderou-se da região mineira de Pangeu, onde conseguiu o ouro necessário para cunhar sua própria moeda, a Filípia.
Submeteu a nobreza a sua autoridade e organizou o exército sobre novas bases, criando a falange da infantaria pesada, inspirada nas antigas formações de Epaminondas, e o equipou com numerosas máquinas de guerra. Estabilizado o reino, partiu para estender sua hegemonia a toda a Grécia. Auxiliado pelo filho Alexandre III à frente da cavalaria, venceu os gregos na Batalha de Queronéia e a assembléia da Liga de Corinto estabeleceu a constituição que o tornou soberano dos estados helênicos (338 a.C.), submetendo o mundo grego a seu comando unificado. Propôs a liga a guerra contra a Pérsia, tradicional inimiga dos gregos e, no ano seguinte, um exército comandado por Parmenion desembarcou na Anatólia, porém as operações bélicas foram interrompidas devido ao seu assassinato pelo nobre Pausânias (336 a.C.).
Grande admirador da cultura grega e, anos antes, já havia decidido educar seu filho, o futuro Alexandre III, de acordo com ela e assim, contratou Aristóteles, o maior gênio da Academia, o criador da Lógica, como tutor do rapaz por três anos. Também da Academia, Menecmo, o criador das seções cônicas, foi designado professor de Matemática de Alexandre. Com sua morte assumiu o trono seu filho e herdeiro, o talentoso guerreiro Alexandre III, com apenas vinte anos de idade.