Eduardo Paulo da Silva Prado
Por Redação
Escritor brasileiro nascido em em São Paulo, SP, fundador da cadeira nº 40 da Academia Brasileira de Letras (1897). Filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana da Silva Prado, uma abastada família paulistana, ocupou-se desde a mocidade com estudos históricos. Como universitário foi colaborador assíduo do Correio Paulistano, onde assinava artigos de crítica literária e política internacional e formou-se em Direito na tradicional Faculdade de São Paulo (1881). Passou a viver em Portugal, onde se tornou amigo de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão e durante algum tempo trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres.
Conheceu diversos países europeus e também o Egito. Dessas viagens daria observações meticulosas no livro Viagens, publicado em Paris (1886). Manteve relações de amizade com o Barão do Rio Branco, colaborando da edição de Le Brésil (1889), obra publicada por ocasião da Exposição Internacional de Paris, comemorativa do centenário da Revolução Francesa. Monarquista convicto escreveu, sob o pseudônimo Frederico de S., uma série de artigos de protesto na Revista de Portugal, depois reunidos e publicados sob o título Fatos da ditadura militar no Brasil (1890).
Voltou ao Brasil (1893) e passou a criticar à política externa do governo republicano de Floriano Peixoto, numa luta infrutífera pela restauração da monarquia. Fundou o jornal Comércio de São Paulo (1895) e morreu, seis anos após, na capital paulista. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (1897), na qual ocupou a cadeira nº 40, cujo patrono é o Visconde do Rio Branco. Pertenceu, igualmente, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na qualidade de sócio correspondente.