Éder Jofre
Por Redação
Pugilista brasileiro nascido em São Paulo, Estado de São Paulo, único brasileiro a conquistar o título de campeão mundial de boxe, em duas ocasiões e, assim, foi o maior pugilista brasileiro de todos os tempos, tendo conquistado os títulos mundiais de pesos galo e pena.
De família de pugilistas, destacou-se inicialmente como amador na categoria peso-mosca. Invicto, passou para a categoria dos galos (1956), representou o Brasil no campeonato latino-americano de Montevidéu e participou dos Jogos Olímpicos de Melbourne, Austrália (1965), onde chegou às quartas-de-final na categoria peso galo, sendo eliminado pelo chileno Cláudio Barrientos. No ano seguinte, começou sua carreira profissional. Conquistou o título brasileiro de galos (1958), profissionalizou-se e apareceu no ranking mundial da World Boxing Association (1959).
Conquistou o título sul-americano (1960) e pouco tempo depois, o cinturão do título mundial dos pesos-galo (1960) ao derrotar o mexicano Eloy Sánchez, por nocaute, no sexto assalto. Mudou-se (1961) para os Estados Unidos com um retrospecto de 24 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota e neste ano, conquistou o título mundial dos pesos galo pela National Boxing Asociation. Um ano depois, unificou os títulos dos galos ao vencer o irlandês Johnny Caldwell, e tornou-se o único campeão do mundo na categoria, e manteve-se invicto até perder o título em Tóquio para o japonês Masahiko Fighting Harada, numa polêmica decisão por pontos (1965), após defender seu título sete vezes consecutivas, vencendo todas as lutas por nocaute.
Mudando de categoria voltou ao boxe (1969) na categoria dos pesos-pena. Novamente ranqueado (1970), conquistou o título mundial dos penas (1973) ao vencer, por pontos, em Brasília, o cubano naturalizado espanhol José Legra, Venceu todas as 25 lutas que realizou como pena, conquistando o título do Conselho Mundial de Boxe (1973). Continuou a carreira por mais três anos, vencendo todas as lutas. Após a morte do irmão Dogalberto, resolveu se aposentar (1976) com 81 lutas: 77 vitórias (52 nocautes) 2 empates e 2 derrotas.
Assim perdeu o título por não o ter posto em jogo dentro do prazo previsto. Abandonou definitivamente o boxe (1976) e ingressou na política e elegeu-se vereador na cidade de São Paulo em três pleitos. Foi eleito entre especialistas para ingressar no Hall of Fame do boxe mundial, em Nova York, EUA (1992). A revista The Ring, a mais prestigiada publicação do setor, também colocou o pugilista brasileiros entre os maiores e foi eleito entre os 50 melhores boxeadores da era moderna, ficando em 9º lugar.