Décimo Júnio Juvenal
Por Redação
Poeta satírico romano nascido em Aquino, Apúlia, que deixou em seus poemas uma imagem crítica e mordaz da sociedade romana do século I e que permaneceu admirável ao longo dos séculos. De uma família abastada, obteve fromação militar, mas ressentido por não obter um posto administrativo a serviço do imperador Domiciano, revelou-se de letras ao escrever uma sátira contra a parcialidade e o favoritismo da corte imperial, o que lhe valeu também o desterro na cidade egípcia de Syene, hoje Assuã, e o confisco de suas propriedades.
Depois da morte de Domiciano (96) e sob a proteção de homens poderosos, pode regressar a Roma, onde ficou até aua morte. Sua obra compõe-se de 16 poemas satíricos em verso hexâmetro, repartidos em cinco livros, com versos que evocam os tempos antigos, apelam para o sentimento patriótico e atacam, com indignação, a decadência e corrupção a que haviam chegado a sociedade e a vida romanas. Imperadores, nobres, estrangeiros, homossexuais e mulheres, cujos vícios e costumes dissolutos foram tema de sua sátira mais famosa, são seus principais personagens, que critica acidamente a conduta de seus contemporâneos. Suas sátiras inspiraram escritores de todos os tempos, desde o italiano Giovanni Boccaccio até os britânicos Jonathan Swift e Samuel Johnson.