Claude Henri de Rouvroy
Por Redação
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Pensador francês nascido em Paris, um dos principais socialistas utópicos, precursor do socialismo ao concebeu uma sociedade futura dominada por cientistas e industriais, entre os quais incluiu negociantes, banqueiros, comerciantes e operários. Sobrinho-neto do duque de Saint-Simon, o grande memorialista do século de Luís XIV, entrou para o Exército com 17 anos.
Lutou na guerra de Independência dos Estados Unidos (1779-1783) e, de volta à França, abandonou seu título de nobreza e aderiu à Revolução Francesa. Foi contrário à violência revolucionária e, por isso, ficou preso durante quase um ano, no Período de Terror. Após ter feito fortuna com especulação imobiliária, retomou os estudos aos 40 anos, na Escola de Medicina e na Escola Politécnica. Começou a se projetar como teórico do socialismo com o livro Lettres d’un habitant de Genève à ses contemporains (1802), no qual defendia uma nova religião baseada na ciência e dedicada ao culto de Newton.
Criou um fervoroso grupo de adeptos, conhecidos como saint-simonistas, entre os quais figuravam políticos, banqueiros, engenheiros e escritores influentes, como o historiador Augustin Thierry e o filósofo Auguste Comte, criador do positivismo, e os verdadeiros fundadores da seita simonistas Barthélemy Prosper Enfantin e Saint-Amand Bazard. Outras obras de importância do pensador foram Introduction aux travaux scientifiques du XIXème siècle (1807), Mémoires sur la science de l’homme (1813-1816), Le Système industriel (1821), Le Catéchisme des industriels (1823) e Le nouveau christianisme (1825). Morreu em sua cidade natal e suas idéias influenciaram autores românticos posteriores, como Sainte-Beuve, Victor Hugo, George Sand e Heinrich Heine, entre outros, e foram retomadas pelo tecnocratas no século XX.