Imperador romano, cujo verdadeiro nome era Caius Caesar, nascido em Antium ou Anzio, no Lácio, filho de Germânico e de Agripina e neto adotivo de Tibério e seu sucessor, famoso pelas inúmeras arbitrariedades e extravagâncias feitas em sua breve passagem pelo poder, tradicionalmente atribuídas a problemas mentais. Ficou conhecido por Calígula, diminutivo de um tipo de sandália usada pelos soldados. Após a morte do imperador Tibério, seu tio-avô, foi aclamado novo imperador romano pelo povo e pelo Senado (37 d. C.), voltou-se contra o mesmo nomeando cônsul seu cavalo Incitatus, e transformou-se em um monarca teocrático.
Por volta do ano 40, realizou uma expedição à Germânia para sufocar uma rebelião do general Cornélio Lêntulo Getúlico e outra à Gália, com o fito de conquistar a Bretanha. Anexou o reino da Mauritânia e, na Judéia, nomeou rei seu amigo Herodes Agripa. Obcecado pelo poder e pela religião do Egito, considerou-se uma divindade, mandou colocar sua estátua em vários templos, entre eles o de Jerusalém, difundiu o culto egípcio da deusa Ísis e manteve relacionamento incestuoso com sua irmã Drusila, no estilo da dinastia dos Ptolomeus.
Com os gastos públicos descontrolados perseguiu, ordenou a execução dos romanos mais ricos e e matou muitas personalidades importantes, para confiscar-lhes os bens. Vítima de diversas conspirações, como a do senador Marco Emílio Lépido, acabou assassinado em um complô armado por Cássio Quéreas, tribuno da guarda pretoriana. Em termos de obras públicas a sua mais importante foi o início da construção do aqueduto Cláudia, iniciado em 38 e terminado no governo de Cláudio (Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus, Claudius I), seu sucessor.