Caio Júlio Higino escrito como Gaius Iulius Hyginus no latim nasceu na Espanha, em 64 a.C. e morreu em Roma, em 17 a.C.
Atuou como discípulo de Alexandre e foi escritor na Roma Antiga. Conhecido como o Polímata, também era amigo de Sêneca.
De acordo com algumas fontes, teria nascido na Península Ibérica, na região de Valentia Edetanorum.
Por muitos acabou sendo chamado de “o liberto de Augusto”. No passado, passou por uma vida humilde como escravo. Por méritos próprios e sabedoria, acabou alcançando importantes espaços em Roma. Também era respeitado pelos intelectuais de sua época. Por um determinado período, passou pelo carga de responsável pela biblioteca do Templo de Apolo, situada no monte Palatino. Nesse espaço, também ensinou filosofia.
As obras de Higino foram respeitadas até o século XVI e seus escritos estiveram presentes na área de história, ciência, filosofia, religião e astronomia. Dentre suas obras principais, há o destaque para um livro que contava sobre a vida de homens ilustres. Ele também escreveu sobre as cidades italianas e a respeito das famílias troianas. Como livros científicos, falou a respeito da agricultura, dos aspectos que cercavam os insetos, animais e aves em todas as suas relações.
Higino também escreveu um livro de fábulas conhecido como Fabulae, onde fez descrições sobre astronomia e mitologia. Há questionamentos de que tais escritos sejam de escritores do período antonino. Nunca se saberá ao certo se é original de Higino ou apenas transcrições. No livro de fábulas, há manuais de mitologia divididos em três diferentes tipos: árvores genealógicas de deuses e heróis, índices, recompilações em formato de lista e relatos individuais.
A obra de Higino, especialmente aquela que tratava da Astronomia, representou fonte primária das lendas das estrelas na Idade Média. Por tratar de assunto tão importante, passou por muitos estudos e cópias. São observadas, desde o século IX, várias cópias com ilustradas obras artísticas para aquele período.