Caio Mário
Por Redação
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Político e militar romano nascido nas proximidades de Arpino, no Lácio, cujos feitos militares deu-lhe popularidade entre os soldados e prestígio popular, porém nunca simpatizado pela aristocracia, principalmente em função de sua pouca habilidade política. De origem humilde, não recebeu a educação própria da nobreza romana e ingressou na política com o auxílio da família aristocrática dos Metelos. Depois de ocupar modestos cargos na administração romana, nem sempre conseguidos com honestidade, viajou à África (109 a. C.) como lugar-tenente de Quinto Cecílio Metelo, começando a demonstrar grande habilidade militar.
No ano seguinte voltou a Roma, após um desentendimento com seu protetor, e conseguiu ser eleito cônsul, cargo em que foi reeleito várias vezes. Substituiu Metelo no comando do exército da África e admitiu em suas tropas plebeus sem princípios, ávidos pelo que pudessem saquear. De volta à África (105 a. C.) conseguiu capturar Jugurta, rei da Numídia, com ajuda do questor Lúcio Cornélio Sila. Novamente no continente europeu combateu os bárbaros na fronteira norte de Roma e venceu os teutões em Aquae Sextiae (102 a. C.).
No ano seguinte, acorreu em socorro do novo cônsul, Quinto Lutácio Catulo, e ambos derrotaram os cimbros em Vercelli, no vale do Pó. Ao se declarar único responsável pela vitória, gerou uma grande inimizade com Sila e Catulo e, por causa desta situação, viu-se obrigado a fugir para a África (88 a. C.). Quando Sila viajou para combater Mitridates, rei do Ponto, voltou a Roma (87 a. C.), foi eleito cônsul pela sétima vez e desenvolveu uma intensa perseguição aos partidários de Sila, que só cessou com sua morte, dois anos após.