Benjamin Disraeli
Por Redação
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Escritor e histórico político britânico nascido em Londres, um símbolo do conservadorismo e do imperialismo da era vitoriana. De uma família de judeus de ascendência italiana, convertida ao cristianismo, trabalhou durante curto período num escritório de advocacia e utilizou suas experiências para escrever seus primeiros romances: Vivian Grey (1826-1827) e Contarini Fleming (1832). Derrotado nas eleições para a Câmara dos Comuns pelo Partido Liberal, voltou-se então para os conservadores, os tories, e conseguiu se eleger (1837). Com a conquista do poder (1841) pelos tories passou a acusar o líder do partido, Robert Peel (1788-1850), de traidor do partido e da nação. Publicou os livros Coningsby (1844) e Sybil (1845).
A crise gerada derrubou Peel (1845), porém só na década seguinte começou a ocupar cargos fundamentais no governo. Foi por três vezes Ministro da Fazenda (1852/1858/1866) e patrocinou uma reforma eleitoral que estendeu o direito de voto a operários e pequenos proprietários de terra (1867), o que duplicou o número de eleitores do país. Tornou-se primeiro-ministro (1868), mas foi derrotado logo em seguida por William Ewart Gladstone (1809-1898). Na oposição publicou o romance Lothair (1870), no qual combateu vigorosamente a política liberal de Gladstone em relação à Irlanda.
Quatro anos depois voltou ao governo, período que correspondeu ao apogeu do imperialismo inglês (1874-1880). Internamente reconheceu os sindicatos, regulamentou a jornada de trabalho e a ocupação de mulheres e crianças. Externamente anexou as ilhas Fidji (1874) e comprou as ações do Egito da companhia do canal de Suez (1875), garantindo seu controle pelo Reino Unido. Recebeu o título de conde de Beaconsfield e entrou para a Câmara dos Lordes (1876). Os insucessos no Afeganistão e a derrota do exército inglês ante os zulus, na África do Sul, levaram à queda dos conservadores (1880) e, afastado da política, faleceu no ano seguinte na capital inglesa.