Bartolomeu Bueno da Silva
Por Redação
Resumo:
Bartolomeu Bueno da Silva (Pai)
Conhecido como primeiro “Anhanguera”, nascido e morto em datas incertas, fez parte dos primeiros grupos de bandeirantes que movidos pelas dificuldades econômicas, partiram de São Paulo para desbravar o interior. Na época a vila de São Paulo estava muito bem localizada geograficamente, que se assentava num centro de circulação fluvial e terrestre, favoreceu a partida de bandeiras para o interior do Brasil.
Sua principal expedição iniciou-se em 1682, quando partiu de São Paulo, acompanhado de seu filho de mesmo nome que tinha 10 anos, atravessando o território onde hoje fica o estado de Goiás, seguindo diretamente até o rio Araguaia. Nessa região encontrou uma tribo indígena chamada Goyazes que queriam impedir a entrada do bandeirante em suas terras e aldeias. Dizem algumas lendas que os indígenas estavam cobertos de ouro e que não estavam fazendo bom uso desse material e com isso Bartolomeu teve a idéia de encher uma pequena vasilha de aguardente e tocar fogo, ameaçando a todos os indígenas que, se não informassem o local de onde retiravam o ouro, lançaria fogo em todos os rios e fontes.
Os índios ficaram assustados com essa atitude do Anhanguera e acabaram se rendendo e ainda o apelidaram de Anhanguera termo em latim que em português significa Diabo Velho.
A historiografia tratou de elevar o nome de Bartolomeu a herói. Com o título de desbravador do sertão, Anhanguera foi homenageado em ruas, praças, estradas e emissora de televisão. Seu filho, homônimo, voltou às terras goianas onde fundou o Arraial de Santana e, mais tarde, Vila Boa de Goiás.
Bartolomeu Bueno da Silva (Filho)
Filho de Bartolomeu Bueno da Silva e que também foi chamado de Anhanguera ou segundo Anhanguera. Nasceu no ano 1672 em Santana de Parnaíba e assim como seu pai foi um exímio e dedicado bandeirante. Aos 10 anos de idade acompanhou seu pai em sua principal expedição nas terras goianas.
Em 1701 já estava atraído pelo ouro a região e assim ficou estabelecido em Sabará e mais tarde ficou estabelecido em São João do Pará seguindo depois para Pitangui, nessa região foi nomeado como assistente de distrito, ajudando assim a administrar o distrito.
A exploração do ouro em Sabará, foi crescendo cada vez mais e por conta disso um grande número de exploradores foram ocupando a região. Isso provocou vários conflitos na região entre emboabas e alguns mineradores de São Paulo, com a vitória dos emboabas os paulista foram obrigados e recuar.
De volta a Santana de Parnaíba em 1720, Bartolomeu redige uma carta a Dom João V de Portugal, pedindo permissão para retornar a Goiás, terra onde seu pai encontrara muito ouro. Em troca o rei poderia cobrar taxas sobre as passagens pelos rios e pelos sertões.
Em 1722 com a permissão de Dom João V, organiza um bandeira que parte de São Paulo seguindo até Goiás e durante três anos explorou diversos sertões goianos em busca da lendária e tão falada serra dos martírios. Mas foi em 1725 que encontrou ouro no rio vermelho.
No mesmo ano, Anhanguera retorna a São Paulo com a missão cumprida, a conquista as minas de Goiás foi um sucesso e por conta desse sucesso ele ganhou sesmarias e ficou a cargo de cobrar uma taxa sobre a passagem nos rios que conduzissem às minas goianas.
E em 1726 é nomeado capitão-mor e fundou o arraial de Santana que mais tarde em 1739 é elevada a categoria de vila que passou a se chamar Vila Boa de Goiás, hoje atualmente cidade de Goiás.
Em 1733 foi acusado de sonegar impostos e o direito que tinha de cobrar taxas sobre a passagem nos rios foi totalmente suspenso. Ao mesmo tempo em que a situação administrativa ficava mais organizada o Anhanguera foi perdendo sua autoridade seu prestigio de bandeirante.
Em setembro de 1740 veio a falecer muito pobre e não se sabe onde seu corpo foi enterrado. Em 1742 todos os seus bens materiais como casas, terras, escravos e as jóias preciosas de sua mulher foram leiloadas para pagar dívidas, restando apenas uma fazenda próxima ao rio Corumbá, muito próxima da cidade de Santa Cruz.
Referências Bibliográficas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bartolomeu_Bueno_da_Silva_(pai)
https://educacao.uol.com.br/biografias/bartolomeu-bueno-da-silva-pai-e-filho.htm
https://www.camaramogimirim.sp.gov.br/bartolomeu-bueno-da-silva-o-anhanguera
https://www.ebiografia.com/anhanguera/
https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/anhanguera-bandeirante.htm
SANTANA, Sonia. Memórias de um Bandeirante. São Paulo: Global Editora. 2001. 75 p.
Autor: Patrick da Silva Medeiros
Graduado em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)