O cientista francês Antoine Lourent Lavoisier (1743-1794) foi, além de tudo, um visionário e grande pensador das ciências. É atribuída ao próprio, a frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Por sua contribuição, passou a ser considerado um dos pais da chamada Química moderna. Sua inteligência prodigiosa, levou-o a atuar em diversas áreas do conhecimento, indo além da Química:
- Fisiologia;
- Agricultura Científica;
- Economia;
- Finanças;
- Administração Pública;
- Educação.
Nascido na capital da França, Paris, no dia 26 de agosto, Antoine Lavoisier era filho de um negociante abastado e conhecido latifundiário. Sua mãe morreu quando ele era apenas uma criança, sendo criado, então, por seu pai e uma tia que não havia se casado.
Seu interesse era totalmente voltado para a área das ciências, mas se formou em Direito, como era comum às pessoas da elite do século XVIII. Em paralelo a seu bacharelado, acompanhava as aulas de Bourdelian, especialista em Química, e se maravilhava ao observar todas as experiências. Por fim, ao encontrar-se com o famoso naturalista Lineu, da Suécia, teve a certeza de que a carreira científica seria a realização de seus sonhos.
Já aos 22 anos de idade, Lavoisier recebe uma medalha, como reconhecimento para seu plano de iluminação das vias públicas de Paris, concedida pela Academia de Ciências da França. No ano de 1768, entra na Academia, agora em razão de seu brilhante estudo da geologia da França, o que incluiu pesquisas sobre gipsita e gesso. Foi um dos arrecadadores-gerais de impostos da monarquia da França – chamado de Fermier General.
Antoine conhece, então, uma mulher bem jovem, Marie Anne. Casaram-se, e ela se torna sua parceira, secretária e assistente. Era exímia tradutora e vertia para o francês tratados de Cavendish, Priestley, entre outros cientistas de língua inglesa. A jovem fazia ótimos desenhos para as inúmeras obras escritas pelo marido.
Esse cientista conseguiu concretizar diversos inventos, como suas balanças, de sensibilidade ultra delicada, para ajudar em suas profícuas experiências. Ele foi o pioneiro na sistematização de matéria segundo suas propriedades e peso específico. Desse modo, chegou à elaboração das Leis de Conservação de Massa.
Estudou ainda o processo de ferrugem de metais, bem como realiza estudos sobre combustão. Faz diversos experimentos no campo da agricultura científica, sendo capaz de demonstrar a relevância de fertilizantes para o plantio. Toda a base para a criação das nomenclaturas químicas de autoria de Lavoisier se encontram na obra-prima “Tratado Elementar de Química”,(1789).
Entre os anos de 1785 e 1787, o cientista torna-se funcionário público, trabalhando para a Comissão de Agricultura. Mais tarde é nomeado Secretário do Tesouro Nacional e elabora um novo Sistema Educacional Nacional para os franceses. Se destacou por sua representação no parlamento do Terceiro Estado – como um representante dos interesses populares. Chegou à função de presidente do Banco da França.
Sua carreira era um grande sucesso, até que, no ano de 1793, após rejeitar um texto sobre Química escrito à Academia de Ciência pelo iluminista Marat, foi denunciado aos líderes que instituíram a Era do Terror na Revolução Francesa. Foi levado à cadeia, sob acusação de fraude, com o pai de sua esposa e todos os outros responsáveis pela coleta de impostos.
Lavoisier morreu guilhotinado na própria cidade de Paris, no dia 8 de maio de 1794 e seu corpo foi atirado à vala comum de cadáveres. Dois anos mais tarde, o governo da França promoveu um funeral com honras de Estado, em homenagem a esse grande cientista.