Pintor brasileiro nascido em Lucca, Itália, um dos maiores pintores da história da arte brasileira e conhecido como o mestre das bandeirinhas. Chegou ao Brasil com 18 meses de idade, quando sua família se fixou em São Paulo. Autodidata, trabalhou como encanador, marceneiro-entalhador e encadernador até se tornar pintor decorador de interiores e decorador de paredes (1912). Realizou a decoração mural (1918), do Hospital Militar do Ipiranga, com o pintor Alfredo Tarquínio. Iniciou sua participação em mostras coletivas (1925) e passou (1927) a participar com Francisco Rebolo Gonsales, Mário Zanini e Aldo Bonadei, entre outros, do grupo Santa Helena, com ateliê na praça da Sé, São Paulo SP, cidade onde morou até sua morte, motivado pelas origens proletárias de seus integrantes.
Nos primeiros anos (1920-1940) sua obra caracterizou-se por paisagens de cunho realista, mostrando vistas de bairros pobres da capital paulista ou de cidades do interior, bem como marinhas do litoral de Santos e retratos. Participou (1938) do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, ambos em SP, e após visitar Itanhaém, iniciou série de marinhas (1939), do VII Salão Paulista de Belas-Artes (1940), do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da I Exposição do Osirarte e do I Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo (1941).
A seguir essas paisagens foram diversificadas, influenciadas por viagens à Bahia e a Minas Gerais. Voltou a Itália (1950) na companhia de Osir e Zaninie impressiona-se com a arte dos góticos, principalmente Giotto. A partir de então sua obra assumiu a entonação que mais caracterizou a originalidade do artista. Nessa fase realizou diversos painéis, como na igreja do Cristo Operário em São Paulo (1951), na capela de Nossa Senhora de Fátima em Brasília (1959) e em navios da Companhia Nacional de Navegação Costeira (1962).
Premiado em várias oportunidades, como o de melhor pintor brasileiro na II Bienal de São Paulo (1953), esteve na Bienal de Veneza (1952, 1954, 1962 e 1964), e integrou importantes exposições em cidades como Tóquio, Paris, Buenos Aires, Roma e Nova York. Em seu aniversário de 90 anos, o MAM-SP fez a exposição Volpi 90 Anos. Morreu em São Paulo e (1993) e a Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe Volpi – projetos e estudos em retrospectiva, Décadas de 40-70.