Alexander Stirling Calder
Por Redação
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Inovador escultor norte-americano nascido em Lawnton, Pensilvânia, conhecido por suas originais construções suspensas no espaço e movidas por diversos meios, os famosos móbiles. Formou-se em engenharia mecânica (1919), estudou desenho numa escola pública noturna e cursou a Liga de Estudantes de Arte em Nova York. Mudou-se para Paris (1926), onde estudou escultura e começou como passatempo a criar pequenas figuras animadas de acrobatas e bailarinas, em arame ou madeira, que se moviam na pista de um circo em miniatura.
Em Paris, ao entrar em contato com artistas como o Mondrian e o Jean Arp, começou a assimilar os novos princípios do abstracionismo e da arte geométrica. Também sofreu influência do surrealismo de Joan Miró e do do construtivismo dos russos Naum Gabo e Anton Pevsner, e passou a desenvolver profissionalmente sua arte das figuras em movimento, que Marcel Duchamp denominou de móbiles. Feitos com arames, placas e discos metálicos, movidos pelo vento ou por um pequeno motor elétrico, seus móbiles foram expostos pioneiramente na galeria Vignon, em Paris (1932), e lhe proporcionou grande sucesso.
Construiu sua famosa escultura móvel, de grandes proporções intitulada Peixe de aço (1934) e três anos depois, expôs Fonte de Mercúrio, no célebre pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris. Com sua popularidade crescente, fez várias exposições na Europa e nas Américas, e consagrou-se definitivamente com o prêmio internacional de escultura na Bienal de Veneza (1952). Continuou trabalhando em seus ateliês de Roxbury, nos Estados Unidos, e de Saché, na França, até sua morte, ocorrida em Nova York.