Alcuin de York
Por Redação
Prelado, professor e filósofo anglo-saxônico nascido em York, na Nortúmbria, região ao sul do rio Tâmisa, que ia desde o rio Humber até o rio Forth, líder do reativação cultural da Idade Medieval na Europa. Estudou na Escola Catedral de York e formou-se na escola episcopal de Jarrow, fundada por Beda o Venerável. Posteriormente lecionou em York durante quinze anos e ali criou uma das melhores bibliotecas da Europa, tendo transformado a Escola em um dos maiores centros do saber. Chamado (782) pelo imperador Carlos Magno para cuidar dos interesses educacionais do Império, tornou-se seu conselheiro para questões de ensino e cultos.
Foi o criador das universidades ditas palatinas, ou Palácio-escola, em Aix-la-Chapelle, sob encomenda do imperador Carlos Magno, seu idealizador, na qual eram ensinadas as sete artes liberais: o trivium, gramática, lógica e retórica, e o quadrivium, aritmética, geometria, astronomia e a música. Historicamente é considerado o maior artífice do renascimento carolíngio, por seu espírito organizador e pela criação de suas primeiras obras doutrinárias. Morreu na cidade de Tours, na França, e canonizado, tornou-se o patrono das universidades cristãs.
Escreveu livros de textos elementares sobre aritmética, geometria e astronomia. Certa vez (793) quando grassou uma grande fome coletiva, seguida da invasão dos bárbaros Vikings noruegueses que assaltaram a comunidade da ilha e saquearam a casa de Deus, massacraram alguns monges, roubaram e incendiaram o mosteiro, o famoso e letrado sacerdote da Nortúmbria, que estava naquela época a serviço de Carlos Magno na França, escreveu horrorizado ao Rei Æthelred da Nortúmbria e a seus colegas da Inglaterra, dizendo que o ataque mortal foi uma punição de Deus pelos pecados do povo.