Compositor, organista, pianista e regente brasileiro nascido em Fortaleza, CE, de características rítmicas essencialmente nacionalista, considerado o pai da canção de câmara brasileira, tendo insistido na necessidade de utilização do idioma nacional na música de concerto, como mais uma forma de nacionalizar a linguagem musical. Aprendeu música com o pai, o maestro Vítor Augusto Nepomuceno, em Recife, PE, onde se tornou diretor musical do Clube Carlos Gomes (1882).
Após a morte do pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, RJ (1884). Foi completar seus estudos na Europa (1888), estudou na Academia de Santa Cecília, em Roma, , onde estudou com Terziani. Depois, com bolsa de estudo do Governo Brasileiro, transferiu-se para Berlim, onde estudou no Conservatório Stern. Também estudou órgão em Paris e voltando ao Brasil (1895), iniciou suas atividades pedagógicas no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro. Foi convidado a dirigir a Sociedade de Concertos Populares (1896).
Regente da Sociedade de Concertos Populares, sua Série Brasileira (1888-1896) estreou (1897) marcando um momento importante do grande nacionalismo brasileiro, pela utilização de temas do populário nacional e pelo clima brasileiro obtido na composição. Retornou à Europa (1897) e de volta ao Brasil foi nomeado diretor do Instituto Nacional de Música (1902-1916). Faleceu no Rio de Janeiro e é o Patrono da Cadeira n. 30 da Academia Brasileira de Música.(Ver Villa-Lobos). Na sua obra destacaram-se as Valsas humorísticas para piano e orquestra (1897), o episódio lírico Ártemis sobre texto de Coelho Neto (1898), um trio com piano em fá menor (1916), além de óperas, sinfonias, etc.