Alberto Evaristo Ginastera
Por Redação
Compositor clássico argentino nascido em Buenos Aires, cuja obra evoluiu lentamente dos parâmetros mais tradicionais e nacionalistas para a música aleatória. Filho de pai descendente de espanhol e de mãe descendente de italianos, aos 12 anos iniciou seus estudos musicais no Conservatório Williams de Música da capital portenha. Sob a orientação de Athos Palma, graduou-se no Conservatório Nacional de Música com honras (1938), onde três anos depois tornou-se seu professor de composição.
Com bolsa de estudos da Fundação Guggenheim, foi para os Estados Unidos (1945), onde estudou com Aaron Copland, em Tanglewood. Compôs danças, balés sinfonias e concertos, mas foi com as óperas que ganhou fama internacional. Foi professor do Centro Avançado de Estudos Musicais de Buenos Aires e, aposentado, foi morar nos Estados Unidos (1968) e depois na Europa (1970), onde morreu em Genebra, Suíça. Sua atividade pedagógica e de animação cultural foi igualmente produtiva, sendo professor de composição por vários anos no Conservatório Nacional e na Universidade Católica, além de ser o principal responsável pela criação do Centro Latino-Americano de Altos Estudos Musicais do Instituto Torcuato di Tella, de Buenos Aires, por onde passaram alguns dos mais talentosos jovens compositores de quase todos os países do continente.
Em sua obra destacaram-se a música de câmara, Impressões do altiplano (1934), para orquestra, Concerto Argentino (1935), para piano, Três danças argentinas (1937), para harpa, Sonatina (1939), a Sinfonia portenha (1942), para piano e orquestra, Abertura para Fausto Crioulo (1943) e Variaciones concertantes (1943), além dos bailados Panambi (1937) e Estância (1941), o Quarteto de cordas nº 2 (1958), o Concerto para piano (1961) e as óperas Don Rodrigo (1964), estreada sem êxito em sua cidade natal, foi acolhida triunfalmente em Nova York, Bomarzo (1967), baseada no romance homônimo de Manuel Mujica Laínez, e Beatrix Cenci (1971). Também compôs a música vocal, Cantos de Tucumán (1938), sobre versos de Rafael Sanches, e compôs músicas para o filme Malambo (1942).