Alberto de Almeida Cavalcanti
Por Redação
Cineasta brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, RJ, que com seus filmes vanguardistas rodados na França, e suas experiências inovadoras nno cinema documental e ficcional inglês o fizeram um dos nomes mais destacados em sua geração. Estudou direito e arquitetura na Suíça e fez seus primeiros exercícios em cinema com Marcel L’Herbier, Louis Delluc entre outros. Naturalizou-se francês e dirigiu Le Train sans yeux (1926) e Rien que les heures (1926). Seu terceiro filme, En rade (1927) tornou-se um clássico e foi refilmado por ele no Brasil como O canto do mar (1954). Com o advento do cinema falado, foi contratado pela Paramount e realizou versões sonoras, em francês e português, de 21 filmes produzidos em Hollywood. |
Por causa desuas teorias inovadoras sobre a função de ruídos e palavras, foi convidado por John Grierson, para fazer parte do grupo experimental do General Post Office britânico, para produção e montagem de documentários. Neste trabalho contribuiu para filmes marcantes como Coalface (1936), Night Mail (1936), North Sea (1938) entre outros. Durante a segunda guerra mundial, na produtora Ealing, combinou documentário e ficção em filmes como The Foreman Went to France (1941) e Went the Day Well? (1942).
Voltando à ficção dirigiu filmes que lhe consagraram o prestígio, como Dead of Night (1945), Adventures of Nicholas Nickleby (1946) e For Them That Trespass (1948). Regressando ao Brasil, ajudou a criar a Vera Cruz, empresa para a qual produziu Caiçara (1950) e Terra é sempre terra (1951). Na Maristela, dirigiu Simão, o caolho (1952), considerado o seu melhor filme brasileiro, e no mesmo ano publicou o livro Filme e realidade (1952). Depois, na Kino-Filmes, dirigiu O canto do mar e Mulher de verdade (1954). Insatisfeito politicamente e sentindo-se desprestigiado nos meios culturais, voltou à Europa, onde continuou com suas atividades no cinema até que morreu em Paris.