Rei de Potugal nascido a 21 de agosto de em Lisboa, cujo nome é lembrado apenas por uma série de vitórias militares contra a Espanha, como Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) e Montes Claros (1665), pois internamente seu reinado foi marcado por disputas internas, entre parentes, pelo trono. Filho de D. João IV e de D. Filipa de Gusmão subiu ao trono após a morte do pai (1656), sob a regência de sua mãe (1656-1662).
Tido como perturbado mentalmente, assumiu de fato o trono, no bojo de uma manobra liderada por Luís de Vasconcelos e Sousa, terceiro conde de Castelo Melhor, que se tornou sua eminência parda. Em seu governo Portugal reorganizou as finanças e praticamente completou a obra da restauração, vencendo os espanhóis em Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) e Montes Claros (1665). Embora em seu governo tenha internamente reorganizado as finanças do país e apesar das vitórias militares, seu reinado foi marcado por disputas entre seus partidários e os de Pedro, seu irmão.
Nesse longo processo, o rei perdeu sucessivamente seu casamento, seu reinado e finalmente a liberdade. O infante D. Pedro, futuro Pedro II, apoiado no fato de que o rei não teria condições de governar, aliou-se com a mulher de D. Afonso, D. Maria Francisca Isabel de Savóia, e com o apoio de grande parte da aristocracia e de manifestações de descontentamento popular, ambos levaram o rei a assinar uma declaração de renúncia ao governo (1668) e as cortes nomearam D. Pedro príncipe regente. Sob alegação de incapacidade seu casamento foi anulado e D. Francisca casou-se com D. Pedro. Deposto (1668), terminou seus dias como prisioneiro no arquipélago dos Açores e morreu em Sintra.