Abraham Ortelius
Por Mariana Sousa
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Abraham Ortelius foi um importante cartógrafo que nasceu na Antuérpia. Belga, também é conhecido como o grande pai do Atlas Moderno. Foi Abraham Ortelius quem desenvolveu o Theatrum Orbis Terrarum (1570), que a ciência considera como o atlas pioneiro da Idade Moderna. A publicação conta com quase 140 mapas em diferentes cores e com desenhos feitos à mão. Antes de publicar esse atlas, Abraham Ortelius era conhecido por tratar-se de um exímio estudante de história clássica. Ele colecionava livros e também era colecionador de antigas moedas.
Quando completou 25 anos, Abraham Ortelius já era bastante popular e acumulava a função de importante ilustrador no mundo europeu. Das ilustrações, passou aos mapas no ano de 1554. Várias coletâneas já encadernadas com livros de várias páginas e, como coroamento, o Theatrum Orbis Terrarum (Teatro do Mundo), que acabou lhe garantindo definitivamente a excelente reputação mundial de exímio cartógrafo.
No século XVI, o o Theatrum Orbis Terrarum foi a maior excelência do gênero, tendo sido levada para a Alemanha (1571), França (1572),Espanha (1588), Inglaterra (1606) e Itália (1608).
Nas várias edições seguintes (1573-1597), foram anexados outros cinco suplementos ao Theatrum. Assim, a versão original passou de 53 para 119 mapas.
Resumo:
Influências e trajetória
Ortelius nasceu em Antuérpia. Naquele período, a cidade era pertencente às Dezessete Províncias governadas pela dinastia dos Habsburg. Hoje, trata-se do Reino da Bélgica. Com uma família influente na região, o cartógrafo pode viajar por toda a Europa.
Há relatos de que ele conheceu todas as Dezessete Províncias; Sul, Oeste, Norte e Leste da Alemanha (p.ex., 1560, 1575–1576); França (1559–1560); Reino Unido e Irlanda (1576), e Itália (1578, e talvez duas ou três vezes entre 1550 e 1558).
Em 1547 passou a fazer parte da guilda de São Lucas em Antuérpia. Exercia a função de afsetter van Karten. Também atuava como comerciante em suas viagens que tinham objetivos comerciais. Ali também visitava as feiras de livros e setores da imprensa.
Por volta de 1575, Ortelius foi convidado para ser o geógrafo do rei de Espanha, Filipe II, por recomendações de Arias Montanus. Já em 1578 conseguiu lançar toda a base da crítica antiga à geografia com o tratado Synonymia geographica, editado por Plantin Press em Antuérpia.
Em seguida, por volta de 1596, Ortelius foi condecorado na cidade de Antuérpia, com uma homenagem similar àquela que mais tarde foi concedida ao pintor Rubens.
A morte de Ortelius em 4 de julho de 1598 foi marcada por luto público. Quietis cultor sine lite, uxore, prole é o que está escrito em sua lápide.