Filósofo árabe nascido em Sanaa, no Iêmen, autor de O Necronomicon (730), que literalmente que dizer Livro de Nomes Mortos, também conhecido como Al Azif ou Uivo dos demônios noturnos, Familiarizado com os trabalhos do filósofo grego Proclos (410-485 d.C.), sendo considerado, como ele, um neo-platônico. Seu conhecimento, como o de seu mestre, incluia matemática, filosofia, astronomia, além de ciências metafísicas baseadas na cultura pré-cristã de egípcios e caldeus. Dominava vários idiomas e fez várias viagens em busca de conhecimento, indo de. |
Alexandria ao Pundjab, na Índia, conheceu os subterrâneos de Mênfis e as ruínas da Babilônia, e viveu muitos anos nos grandes desertos despovoado do sul da Arábia, como Roba el Khaliyeh e Dahna, e morreu em Damasco. Embora conhecido como árabe louco, nada há que comprove sua insanidade, muito embora sua prosa não fosse de modo algum coerente. Apesar de certas extravagâncias na hora de escrever, além do caráter dispersivo, foi um excelente tradutor, dedicando-se a explorar os segredos do passado e também era um poeta.
Durante seus estudos, costumava acender um incenso feito da mistura de diversas ervas, entre elas o ópio e o haxixe. As emanações desse incenso, segundo diziam, ajudavam a "clarear" o passado. Al Azif foi escrito em Damasco, e seu texto felizmente sobreviveu graças a ação do historiador bizantino, Miguel Psellus (1018-1080), um estudioso de filosofia e ocultismo, que ainda pôde salvar das pilhagens de Bizâncio uma versão grega sua do original. Ao contrário do que se pensa vulgarmente, não se trata de um grimório, livro mágico de encantos, mas de um livro de histórias. Do original, chegou à cerca de 900 páginas na edição latina, em sete volumes, e seu conteúdo dizia respeito à coisas antigas, supostas civilizações anteriores à raça humana, em uma narrativa obscura e quase ilegível.