2. O movimento comunal
Durante o feudalismo, a cidade e o campo eram dominados pelo Senhor feudal. Inicialmente, as cidades eram protegidas por grandes muros, formando os burgos, que eram os centros comerciais. No entanto, com o crescimento populacional conseqüentemente o comércio aumentou e os burgos excederam os limites dos muros. Os burgueses tornaram-se os comerciantes e artesões. Cada vez mais a sociedade burguesa crescia, bem como o comércio e o artesanato.
No século XI, as cidades já apresentavam poder e uma grande influência econômica, assim os burgueses começaram a lutar pela sua autonomia em relação ao feudo, surgindo assim, o movimento comunal.
Primeiramente, os senhores começaram a renunciar seus direitos mediante um pagamento, assim as cidades passavam a ser chamadas de cidades francas, que eram livres do domínio senhorial. Porém, alguns senhores não aceitaram o acordo, e então os burgueses decidiram iniciar um confronto. As cidades que sofreram com esta revolta foram nomeadas de comunas.
As cidades independentes começaram a ser governadas, os principais cargos eram ocupados pelos burgueses mais ricos, eles estabeleciam as leis de aplicação local, cobravam os impostos, e exerciam poder sobre a milícia urbana.
Na Baixa Idade Média surgiram as hansas ou ligas, que eram associações formadas pelas cidades livres (cidades alemãs) para monopolizar o comércio numa determinada região. A mais considerável foi a Liga Hanseática, que dominou o comércio nos Mares Báltico e do Norte.