Hoje em dia, com o fenômeno que é o UFC, artes marciais como o jiu-jítsu e o muay thai são famosas e têm muitos praticantes em academias do mundo todo, especialmente de países como o Brasil.
Só que o que muita gente com certeza não deve saber é que na Antiguidade já havia um tipo de arte marcial que era muito praticada e que também atraia pessoas para ver lutadores em disputa.
Estamos falando do Pancrácio, uma arte marcial antiga que era muito praticada entre os gregos e também entre os romanos, e que mitos atribuem que foi criada pelas mãos de heróis como Hercules e Teseu.
Resumo:
Origens
Segundo os historiadores, esta antiga arte marcial chamada de Pancrácio nasceu da mistura de boxe clássico e de luta olímpica, que usa diversos golpes e técnicas de lutas importantes.
Socos, chutes, joelhadas, cotoveladas, cabeçadas, estrangulamentos, quedas, arremessos, derrubadas, agarramentos, torções, chaves, imobilizações e travamento de articulações, entre outras coisas.
Aparentemente tudo era permitido dentro do Pancrácio, exceto enfiar dedos nos olhos, arranhar, morder e atacar a região genital, sendo que a vitória só era consolidada quando um dos lutadores simplesmente não aguentava mais lutar e levantava o dedo para que o juiz desse o combate por encerrado.
Jogos Olímpicos
A fama desta luta, que é considerada por muitos especialistas como uma espécie de ancestral do moderno MMA, ficou ainda maior quando da sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos de 648 a.C., que foi a 33ª olimpíada da era antiga.
Um dos maiores vencedores do Pancrácio foi o gigante Lygdamis, da cidade de Siracusa, que era capaz, segundo relatos, fazer a medição do estádio com seus próprios pés, num total de apenas 600 passos.
Deutelidas, da Lacônia, Arichion da Phigaleia, Polydamas de Scotussa (que era capaz de matar leões e tigres com as mãos) e Antenor de Mileto foram alguns de seus maiores vencedores de todos os tempos.
Há relatos de que alguns deles eram capazes de matar feras com as próprias mãos (Polydamas) e de enfrentar homens armados com as mãos nuas, além de relatos que indicam que alguns lutadores eram capazes de parar carruagens em movimento com apenas seus braços.
A técnica foi esquecida com o passar dos anos, mas até hoje é lembrada por especialistas por conta do fato de que pode ser considerada de fato uma técnica ancestral da maior parte das técnicas que hoje são vistas no MMA.