13. Asquielmintos patogênicos
Monogenéticos ou monóxenos
Evoluem somente no hospedeiro definitivo.
Ascaris lumbricóides
Conhecida como lombriga, é um verme de aproximadamente 25 cm de comprimento de corpo cilíndrico e afilado em ambas as extremidades. Parasitam no intestino delgado dos vertebrados, provocando uma doença chamada ascaridíase.
As fêmeas são extremamente férteis, produzindo diariamente cerca de 200.000 ovos, que podem ser eliminados nas fezes e contaminar água e alimentos. Sob condições favoráveis, os ovos evoluem entre 10 e 12 dias, originando uma larva do tipo rabditóide, que rapidamente se transforma numa larva infestante rabditóide. Quando um hospedeiro ingere os ovos deste verme através de alimentos crus ou mal lavados ou por água contaminada, os ovos atingem o intestino e liberam as larvas, que percorrem a parede intestinal e chegam à corrente sanguínea, e daí migram para os outros órgãos como pulmão, esôfago, traquéia, fígado, coração, reiniciando o ciclo.
É preciso tomar alguns cuidados para evitar a ascaridíase, lavando bem frutas e verduras, tomar somente água filtrada ou fervida, e utilizar estruturas sanitárias apropriadas.
Enterobius vermiculares (Oxyuris vermiculares)
São vermes também conhecidos como oxiúros, possuem entre 8 e 12 mm e parasitam o ceco e o apêndice cecal provocando uma doença chamada oxiurose.
As fêmeas liberam ovos no intestino humano após a sua fecundação, tais ovos são eliminados pelas fezes podendo contaminar a água e alimentos. Quando um hospedeiro ingere os ovos deste verme através de alimentos crus ou mal lavados ou por água contaminada, os ovos atingem o intestino e liberam as larvas, que rapidamente transformam-se em vermes adultos.
A oxiurose pode ser evitada da mesma forma que a ascaridíase.
Ancylostoma duodenale e Neactor americanus
Os ancilóstomos são vermes de corpo cilíndrico que medem aproximadamente 15 mm e vivem no intestino delgado do homem. Possuem um gancho na cavidade bucal, dotado de dentes e placas cortantes que causam lesões na parede intestinal do hospedeiro.
A pessoa contaminada por este verme elimina os ovos juntamente com as fezes, que em poucos dias, evoluem e se transformam em larvas infestantes. A infestação pode ocorrer da seguinte forma: as larvas penetram na pele, geralmente no pé quando a pessoa está descalça, e cai diretamente na circulação atingindo o coração, pulmões e brônquios. Em seguida, migram para o esôfago, estômago até chegar ao intestino delgado, onde evoluem para a fase adulta.
Tais vermes causam uma doença chamada ancilostomose também conhecida como amarelão, pois a pessoa infectada fica com a pele amarelada, além disso, desenvolve uma intensa anemia.
Para se evitar a ancilostomose alguns cuidados devem ser adotados: não andar descalço em locais que possam ter as larvas do parasita, ter hábitos higiênicos e utilizar estruturas sanitárias apropriadas.
Digenéticos ou di-heteroxenos
São parasitas que possuem um hospedeiro intermediário e outro definitivo.
Wuchereria bancrofti
São vermes também conhecidos como filarias, pois possuem um aspecto filamentoso. As fêmeas possuem 4 cm e os machos 10 cm.
O homem é o hospedeiro definitivo e o mosquito do gênero Culex é o hospedeiro intermediário.
Tais vermes parasitam nos vasos linfáticos da perna, mama ou membros inferiores dos seres humanos, obstruindo esses vasos e impedindo a passagem da linfa. Com isso, ocorre um inchaço na região afetada. Essa doença é conhecida como elefantíase.
Essa doença é transmitida por um mosquito do gênero Culex.
As fêmeas colocam ovos no sistema linfático do hospedeiro, esses ovos transformam-se em larvas chamadas de microfilárias, que são levadas para a corrente sanguínea. O mosquito do gênero Culex adquire as larvas quando pica a pessoa infectada. No mosquito, as larvas se transformam rapidamente em infestantes, e migram para a trompa do mosquito.
Ao picar uma pessoa, o Culex transmite a larva que atinge o sistema linfático, se desenvolve para a fase adulta, reiniciando o ciclo.
Para evitar contrair a doença, é necessário combater o mosquito.