Tomás Antônio Gonzaga (Porto, Portugal, 1744 – Moçambique, 1810).

Nasceu em Porto (Portugal), em 11 de agosto de 1744. Morreu em Moçambique (África), em 1810 (66 anos).

Com oito anos, é trazido para o Brasil e matriculado no Colégio da Bahia.

De volta a Portugal, forma-se em Direito (Coimbra, 1768).

Em1782 é nomeado Ouvidor e Procurador em Vila Rica. É nessa época que compõe a maior parte dos poemas que formam sua obra.

Enquanto se envolvia com a Inconfidência Mineira, apaixona-se por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, que imortalizaria nos poemas com o pseudônimo de Marília.

Implicado na Inconfidência Mineira (1789), é preso e mandado para a Ilha das Cobras. Em 1792, condenado ao exílio, segue para Moçambique (África), onde refaz sua vida, casando-se com Júlia Mascarenhas, viúva rica e analfabeta.

Principal poeta do século XVIII (Arcadismo) no Brasil.

Único poeta satírico do século XVIII (Arcadismo).

Adotou o nome árcade de Dirceu.

OBRAS DE TOMÁS A. GONZAGA
1. Marília de Dirceu (poesias lírico-amorosas).

2. Cartas Chilenas (poesias satíricas). 

As Cartas Chilenas são poesias satíricas contra as arbitrariedades de Luís da Cunha Meneses, governador de Minas Gerais. As Cartas, em número de treze, circularam em Vila Rica entre 1788 e 1789. Constituem um poema satírico incompleto, em versos decassílabos e brancos. Nelas, as personagens eram assim disfarçadas:

a) Tomás Antônio Gonzaga – Critilo.

b) Luís da Cunha Meneses – Fanfarrão Minésio.

c) Recebedor das Cartas – Doroteu.

d) Minas Gerais – Chile.

e) Vila Rica – Santiago do Chile.

ANTOLOGIA COMENTADA
AS LIRAS DE GONZAGA – Marília de Dirceu é um longo poema de amor, dividido em pequenas unidades chamadas Liras. O motivo principal da obra é paixão do pastor Dirceu, com mais de quarenta anos, pela pastora Marília, com apenas quinze. Talvez por isso, haja obsessão pelo fator tempo.