Camada de Ozônio

Tudo começou com um fenômeno importante para a manutenção da vida, foi a transformação de parte do oxigênio que se acumulava na atmosfera em ozônio. Isso graças a interação das radiações ultravioletas do sol nas altas camadas da atmosfera. Essas reações originaram uma verdadeira barreira de ozônio, filtrando e impedindo a penetração de quantidades excessivas de raios ultravioletas, que são nocivos à vida.

A camada de ozônio é uma “capa” desse gás (ATMOSFERA) que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem Clorofluorcarbonos (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera.

Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer.

A origem dos atuais problemas ambientais está no estilo de vida das nações industrializadas. O aumento da industrialização no hemisfério norte trouxe riquezas materiais às custas do meio ambiente. A mineração a céu aberto deixou cicatrizes na área rural, cidades e fábricas se espalharam, liberando substâncias químicas nocivas no ar.

Os carros estão se multiplicando, acrescentando poluentes à atmosfera. O uso generalizado de artigos descartáveis que são “energeticamente ineficientes ” é um desperdício de recursos escassos &ndash as pilhas usadas em rádios precisam de 50 vezes mais energia para serem fabricadas, do que àquela que produzem. Se o Terceiro Mundo seguir essas práticas ao se desenvolver, poderá levar a terra a um holocausto ecológico.

Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial.

As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás ,principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.

A surpresa mais perturbadora do final do século XX talvez tenha sido a descoberta da fragilidade do novo meio ambiente. As florestas tropicais, que fornecem parte do oxigênio que respiramos, estão desaparecendo a uma velocidade alarmante na África, na América do Sul e principalmente no Sudeste Asiático. A camada de Ozônio, que nos protege de radiações nocivas, está sendo destruída.

Consequências

A principal consequência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no “efeito estufa“, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

Do total da energia que nos chega do Sol, cerca de 46% correspondem à luz visível; 45%, à radiação infravermelha, e 9% , à radiação ultravioleta. Essa última contém mais energia e, por isso, é mais perigosa para a vida dos animais e vegetais sobre a superfície da terra. O ultravioleta é a radiação que consegue “quebrar” várias moléculas que formam nossa pele, sendo por isso o principal responsável pelas queimaduras da praia.

Na atmosfera terrestre. entre 12 e 32 Km de altitude, existe a camada de ozônio (O3) e que funciona como escudo, evitando que 9% da radiação ultravioleta atinja a superfície da Terra.

No início da década de 60 verificou-se que a camada de ozônio estava sendo destruída mais rapidamente que o normal. O problema foi agravado pelo aumento do número de automóveis, aviões a jato, aviões supersônicos, foguetes, ônibus espaciais. Em 1984 verificou-se uma perda de 40% da camada de ozônio sobre a Antártida. Calcula-se que a camada de ozônio vem diminuindo 0,5% ao ano, e que uma ipedloucura4de 1% na camada de ozônio corresponde a um aumento de 2% da radiação ultravioleta que chega à superfície terrestre, o que trará problemas como câncer de pele, catarata, cegueira, queima de vegetais, alterações no plâncton e reflexos em toda a cadeia alimentar marítima.

No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de CFC no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerossóis utilizam CFC, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao Clorofluorcarbonos.

Pela Web

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