O sistema colonial mercantilista
Esse sistema foi considerado como um conjunto de associações para a subordinação e dominação que englobavam tanto as colônias, como as metrópoles, na Época Moderna. Essas associações se davam entre as áreas metropolitanas e periféricas, que eram consideradas diretas e exclusivas. É importante lembrarmos que o sistema colonial mercantilista, também pode ser chamado de Sistema Colonial Tradicional. O que podemos lembrar que no século XVIII, entrou em crise.
As áreas metropolitanas:
Independente da gradação, as metrópoles européias fizeram parte das navegações e das descobertas – Espanha, Inglaterra, Holanda, França e Portugal. É importante lembrarmos que esses países entraram em uma disputa para estabelecer áreas de prestígio, nos continentes Asiáticos, Americanos e nos Africanos.
Essas metrópoles garantiram que as colônias iriam ser abastecidas, através do fornecimento de produtos manufaturados e a mão-de-obra escrava, pela burguesia mercantil, onde os preços eram sempre altos.
As áreas coloniais:
Essas áreas tinham relação com a periferia do sistema, ou seja, com porções territoriais da América, África e Ásia, onde estão as colônias e as feitorias.
As relações metrópole-colônia: Nas relações metrópole-colônia, existia uma regra de normalização, chamada de pacto colonial. Neste Pacto, o exclusivo metropolitano se destaca, pois ele é considerado um monopólio estatal com alguns produtos coloniais, como por exemplo, no Brasil os produtos são o sal, o diamante, os estancos do pau-brasil entre outros.
A produção colonial:
As colônias produziam açúcar, algodão, minérios, traziam grandes lucros e em função disso complementava na economia européia, voltada para os interesses da metrópole, e para a maioria a produção colonial era monocultural.
Na América, a natureza era de grande ajuda, ou seja, todos os recursos naturais eram de grande abastança. Mas já em alguns países da Europa, o recurso financeiro (o capital) era insuficiente, mas a mão-de-obra era farta, porém não havia como pagá-los pelo trabalho. A grande solução para tudo isso, foi o que chamamos de servidão temporária, era praticada pelos incas (uma forma de escravidão), e utilizada pelos espanhóis na região do Peru, e seria também usada em países como Portugal e a própria Espanha, que possuíam uma mão de obra desprovida de qualquer recurso. A única solução foi se utilizar da escravidão em suas colônias, pois assim seria provável uma junção de capitais, através da periferia do sistema.
O escravismo mercantilista:
Se tratando do escravismo mercantilista, podemos dizer que a escravidão africana contribuiu para a acumulação primitiva de capital. Isso ocorre, pois o escravo negro cria uma ligação com um aspecto duplo do sistema escravista moderno, com dois lados, sendo um como produtor de produtos, baixando os preços de seu custo de produção, e de outro lado, como a mercadoria.
Destacando esse último aspecto, a importância do trafego negreiro, ganha um destaque, por causa de todas as atividades comerciais que dão mais lucros que a própria burguesia européia conseguiu desenvolver na Época Moderna.