Os plebeus, revoltados com a decisão, se rebelaram e iniciaram discussões em todas as faixas sociais. Tal fato nunca havia acontecido e até mesmo a alta sociedade curiosamente se juntou à plebe.
O hipódromo acabou sendo o elemento que juntou diferentes grupos contra o poder de Justiniano. No dia a dia, a revolta não se materializou só por conta dos cavalos, mas por outros motivos que já vinham deixando muitos cidadãos indignados: muita fome, carga tributária fora do comum, problemas com moradia e vários outros aspectos que o governo do imperador deixava de lado.
A redução dos impostos era uma das lutas da população. Assim, os revoltosos foram imbatíveis no confronto com a guarda real e conseguiram, após muitos embates, eleger um novo imperador. Com o tom grave da revolta, Justiniano alegou que deixaria o trono, mas recebeu conselhos da esposa Teodora que afirmou: “ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foge. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar aberto. Eu, porém, fico. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela mortalha”.
Diante da altivez da imperatriz, Justiniano resolveu encarar os revoltosos e delegou ao general Belisário que cercasse o hipódromo e matasse os revoltosos. Dando cumprimento ao que foi delegado, Belisário agiu de forma feroz com seus homens de guerra e matou quase 30.000 pessoas. Com a morte da oposição, Justiniano pôde estabelecer seu governo como um autocrata e manter os desmandos na região.