Em uma cidadezinha do interior, vivia uma menina chamada Isabela.
Isabela morava com seus pais e seu irmãozinho. Ela adorava desenhar. Vivia desenhando. Sua cidade era muito bonita, tinha um parque cheio de árvores, pássaros e um lago com muitos peixinhos coloridos. Isabela adorava a natureza que havia em sua volta. O céu de lá era de um azul tão azul, mas tão azul que contrastava com aquelas nuvens tão branquiiiinhas. E o ar? O ar dava gosto de respirar de tão puro. Mas a medida que Isabela crescia, sua cidade também crescia. Mas tinha um problema; A cidade dela crescia desordenadamente, e por isso foi acontecendo uma coisa horrível. |
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De repente as árvores foram desaparecendo e em seus lugares foram surgindo prédios,
foram surgindo fábricas, lojas e outras coisas mais.
Então, Isa começou a ficar muito preocupada, pois aquelas cores que ela tanto gostava,
o verde das árvores, o azul do céu, o vermelho das flores, aos poucos foram desaparecendo. Foi aí que ela teve uma grande idéia;
Antes que todas aquelas cores deixassem de existir, ela foi desenhando e pintando, que era pra
não esquecer nunca mais de como era toda aquela natureza que um dia existiu ali.
Ela começou pelo parque. Fez então um desenho lindo, com todas aquelas árvores bem verdinhas.
Foi ótimo, pois, no outro dia, destruíram o parque para fazer um shopping no lugar.
Então, ela fez um desenho daquele céu azul, com aquelas nuvens branquinhas. Foi bem na hora, pois no outro dia inauguraram
uma fábrica que soltava uma fumaça terrível e a cidade não viu mais aquele céu azul.
Depois Isabela resolveu desenhar o lago com os peixinhos. E sabe que no outro dia resolveram despejar
o esgoto da cidade justamente neste lago? Ainda bem que tinha um riozinho que ligava esse lago ao mar e foi
por aí que vários peixinhos fugiram, inclusive "Biu", o peixe-boi que morava lá. Infelizmente os que não conseguiram fugir acabaram morrendo.
A menina começou a prestar atenção nas pessoas que moravam na cidade e observou que elas não tinham mais aquela alegria de antes, viviam preocupadas, sempre com pressa, e até meio cinzentas. Nem tempo para contar ou ouvir estórias elas tinham mais, coitadas…