A Paisagem Natural da Região Norte
Por Redação
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A mais extensa Região do Brasil ocupa uma área equivalente a 45,25% do território, ou seja, quase a metade do País. Sua população, no entanto, corresponde a apenas 7,6% da população brasileira. É comum usar o termo Amazônia como sinônimo de Região Norte. Mas a Região Norte é apenas uma parte da Amazônia o.u Região Amazônica, espaço que vai além do território brasileiro, estendendo-se por outros países sul-americanos.
Você vai conhecer melhor a Região Norte, onde predominam aspectos naturais como a floresta densa e heterogênea, o clima quente e úmido e os rios extensos e caudalosos que drenam terras de altitude geralmente pouco elevada.
Resumo:
Paisagens Naturais
A Região Norte é conhecida pela densa floresta equatorial, pelo clima quente e úmido e, principalmente, pela grande quantidade de rios extensos e caudalosos que correm sobre um relevo em que predominam depressões e planícies. É a região do Brasil onde a paisagem natural mais interfere na ocupação do espaço.
O Relevo
De modo geral, o relevo da Região Norte apresenta baixas altitudes, com exceção das terras localizadas na divisa do Brasil com a Venezuela e as Guianas.
Que forma de relevo predomina na Região Norte?
Como nas demais regiões brasileiras, as formas de relevo da Região Norte não são homogêneas. Vamos estudar as seguintes unidades:
- Depressão Norte-Amazônica.
- Depressão Sul-Amazônica.
- Depressão da Amazônia Ocidental.
- Depressão do Araguaia-Tocantins.
- Planalto da Amazônia Oriental.
- Planaltos Residuais Norte-Amazônicos.
- Planaltos Residuais Sul-Amazônicos.
- Planície do Rio Amazonas.
- Planície do Rio Araguaia.
- Planície e Pantanal do Rio Guaporé.
- Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
Além dessas unidades, há ainda a depressão do Tocantins, que acompanha o vale do rio de mesmo nome, a continuação dos planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba, no oeste do Maranhão, e a continuação do Planalto e Chapada dos Parecis, no leste de Rondônia.
As Depressões do Norte
A depressão é a forma de relevo predominante no Norte, constituída tanto de rochas cristalinas quanto de rochas sedimentares.
Depressões Norte-Amazônica e Sul-Amazônica – Ocupam terras de quase todos os estados da Região, com exceção do Acre. São depressões modeladas sobre rochas cristalinas. Apresentam topo levemente arredondado e pequenas formas residuais de origem granítica, principalmente na depressão Sul-Amazônica.
A Depressão Norte-Amazônica – Está localizada entre os Planaltos Residuais Norte-Amazônicos, ao norte, e a Depressão da Amazônia Ocidental e o Planalto da Amazônia Oriental, ao sul. Sua altitude oscila entre 200 e 300 metros; no limite norte, apresenta escarpas e, ao sul, frentes de cuesta.
A Depressão Sul-Amazônica – Está delimitada pelo Planalto e Chapada dos Parecis, ao sul, e pelo Planalto da Amazônia Oriental, ao norte. Portanto, essa depressão também faz parte da região Centro-Oeste.
As depressões Sul-Amazônica e Norte-Amazônica – São cobertas de floresta densa, na qual há castanheiras, guaraná, pau-rosa e muitas outras madeiras de lei, ou seja, madeira dura e resistente, utilizada para a fabricação de móveis.
Depressão da Amazônia Ocidental – Limita-se com as depressões Norte-Amazônica e Sul-Amazônica, sendo cortada, como o Planalto da Amazônia Oriental, pela Planície do Rio Amazonas. Possui terrenos baixos, com altitudes inferiores a 200 metros, com topos planos sustentados principalmente por rochas sedimentares.
Depressão do Araguaia-Tocantins – Acompanha os rios Araguaia e Tocantins e estende-se desde o Centro-Oeste. Suas formas de relevo são quase planas e de baixas altitudes, em torno de 200 a 400 metros na Região Norte.
Planaltos Antigos
Na Região Norte, há planaltos modelados em estruturas sedimentares e planaltos cristalinos, formados por rochas magmáticas e metamórficas muito antigas.
Planalto da Amazônia Oriental – Planalto sedimentar que se estende de Manaus até o oceano Atlântico e constitui os limites norte e sul da bacia Amazônica. Apresenta topos arredondados, onde se encontram alguns morros residuais de topo plano. Em seu limite norte, o relevo é escarpado e definido por uma frente de cuesta. Esse planalto tem uma altitude média de 400 metros e é recoberto por mata densa, onde se desenvolvem a seringueira e o cacaueiro.
Planaltos Residuais Norte-Amazônicos – Estendem-se desde o Amapá até o norte do estado do Amazonas, com altitudes que variam de 600 a l 000 metros, chegando a atingir 3 000 metros nas partes mais elevadas. Têm a forma de áreas serranas descontínuas e são constituídos de rochas cristalinas. Essas formas residuais correspondem principalmente às serras de Tapirapecó, Imeri, Parima, Acaraí, Tumucumaque e do Navio, na qual se explora o minério de manganês.
Nessa unidade de relevo encontram-se os picos mais elevados do Brasil: o pico da Neblina, com 3 014 metros, e o pico 31 de Março, com 2 992 metros, ambos situados no estado do Amazonas.
Planaltos Residuais Sul-Amazônicos – São planaltos cristalinos que se estendem desde o sul do Pará até Rondônia.Têm o aspecto de uma vasta área plana com morros de topos arredondados, distribuídos pelo espaço de forma descontínua. Ao lado desses morros encontram-se áreas de coberturas sedimentares antigas, que apresentam topo plano e correspondem às chapadas, como a do Cachimbo. Nessa formação, localiza-se a serra dos Carajás, onde há grande ocorrência de minerais, como ferro, manganês, cobre e ouro.